Família de cachorro morto após viagem de avião irá ganhar um novo filhote de canil
A estudante carioca Gabriela Duque Rasseli, de 24 anos, acusa a empresa aérea Latam Airlines de ter cometido maus tratos ao seu cachorro em um voo de São Paulo para o Rio de Janeiro, que teria causado a morte do pet no último dia 14 de setembro
Após a estudante carioca Gabriela Duque Rasseli, de 24 anos, acusar a empresa aérea Latam Airlines de ter cometido maus tratos ao seu cachorro em um voo de São Paulo para o Rio de Janeiro, que teria causado a morte do pet no último dia 14 de setembro, o canil onde o filhote nasceu afirmou que irá dar um novo cachorro à família. As informações são do UOL.
A veterinária responsável pelo estabelecimento, Talita Dib, alega que o animal foi embarcado em perfeitas condições de saúde. No entanto, segundo Gabriela, ela recebeu o animal "quase morto", no terminal de cargas do aeroporto Galeão. O cão era um golden retriever batizado de Zyon.
De acordo com a veterinária, no dia em que o filhote embarcou, outros três também viajaram para Goiânia, Manaus e Natal, e chegaram em perfeitas condições de saúde. Assim como a jovem, a profissional também culpa a Latam pela morte do cachorro. A companhia aérea, por sua vez, nega os maus-tratos.
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Além disso, o canil disse que o cachorro embarcou em uma caixa apropriada para o tamanho do animal, que é utilizada desde 2016 neste tipo de transporte, com furos para ventilação e com água gelada suficiente para que o cão pudesse se hidratar.
"A gente não sabe o que aconteceu. Ficou uma brecha, pois o entregamos à Latam com saúde e ele chegou naquele estado. Fico a perguntar: 'ele foi entregue bem. Em qual momento ele começou a passar mal e por quê?'", questionou a veterinária.
O canil esclareceu que o contrato do especifica que o local não se responsabiliza pelo transporte do animal quando o proprietário não faz a coleta no abrigo, uma vez que o envio é feito por terceiros. No entanto, ainda assim, um novo filhote será doada à família que perdeu Zyon. Desta vez, o filhote será entregue pessoalmente, após uma viagem da rodoviária de Marília, em São Paulo, onde fica o estabelecimento, até o Rio de Janeiro. A data ainda não foi marcada.
"Não vou deixar de realizar esse sonho dela e vou entregar outro filhote. Já temos a data para entrega e ele vai ser levado de carro, para evitar problemas. Temos procura de muitos clientes de outros estados e, agora, com esse problema, não sabemos como vamos fazer a entrega quando o cliente não puder vir buscar no canil", disse Dib.
Em troca de mensagens do canil com Gabriela, na última sexta-feira (17), a qual o UOL teve acesso, a estudante afirmou que, após conversar com a família, recebeu aceitar a doação do canil. "Pensei com carinho, conversei com minha mãe bastante e vou aceitar um bebê novo. Minha mãe está doida por um, já virou o bebê da família. Apesar do meu coração apertar pensando sempre no Zyon, eu sei que não é tentar substituir", disse Rasseli à veterinária.
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Mesmo tendo aceitado a doação, nessa terça-feira (19), a família de Gabriela divulgou uma nota no Instagram na qual pediu respostas à companhia aérea e falou do desejo de entrar com ação judicial por "reparação e encerramento do caso". "Resta a indignação pelo descaso com que os animais são tratados pela companhia e a frustração na busca por respostas pelo que aconteceu com Zyon", diz o texto.
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Entenda o caso
Gabriela Duque Rasseli, fez uma publicação no último sábado (18) em sua rede social, na qual empresa aérea Latam de ter cometido maus tratos ao seu cão em um voo de São Paulo para o Rio de Janeiro. De acordo com a estudante carioca, o animal faleceu horas após chegar a viagem, da qual teria chegado debilitado.
“Meu cachorro chegou no Aeroporto do Galeão às 13h53 e só me entregaram ele 15h30. Deixaram meu cachorro no calor, quando ele chegou pra mim já estava quase morto! Eu e minha família estamos devastados”, escreveu a tutora do animal em publicação no Instagram.
Segundo informações do jornal Metrópoles, Gabriela teria declarado que, mesmo sendo procurada insistentemente, a empresa não deu qualquer esclarecimento sobre o ocorrido. "A Latam não entrou em contato com a gente. Estão bloqueando meus comentários e da minha família na página deles [no Instagram]“, relatou a estudante.
“Expor a situação foi a única maneira que encontramos de tentar algum tipo de justiça. Só queremos respostas, uma investigação do que aconteceu com ele enquanto demoraram horas para me entregar o bichinho”, completou Gabriela.
Em nota, a Latam negou não ter entrado em contato com a dona do animal. “Nós da LATAM nos sensibilizamos muito com o que aconteceu e estamos em contato com a cliente Gabriela desde o desembarque do animal. A companhia reitera que a segurança é um valor inegociável, reforçando que se solidariza com a tristeza vivida pela cliente e que fará tudo que está ao seu alcance para oferecer a assistência necessária neste momento”, disse ao portal Metrópoles.
“A empresa esclarece ainda que seguiu todos os procedimentos de aceitação e transporte do pet, que atendem rigorosamente aos regulamentos de autoridades nacionais e internacionais”, completou a empresa Aérea.