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Às vésperas do Natal, Ministério da Agricultura impede entrada de 49 toneladas de uvas-passas contaminadas no Brasil

Os produtos tinham como destino a fabricação de panetones e o fracionamento para venda ao consumidor final

Cássio Oliveira
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Cássio Oliveira
Publicado em 14/12/2022 às 9:48 | Atualizado em 14/12/2022 às 10:00
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A uva-passa é uma das frutas mais procuradas no Natal - FOTO: Reprodução
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Com informações do Estadão Conteúdo

Uma carga de quarenta e nove toneladas de uvas-passas contaminadas foi interceptada pelo Ministério da Agricultura nos postos de fronteira de São Borja (RS) e Foz do Iguaçu (PR).

De acordo com a pasta, os produtos tinham como destino a fabricação de panetones e o fracionamento para venda ao consumidor final.

São Paulo

As uvas-passas seriam processadas na região metropolitana de São Paulo e estavam contaminadas por Ocratoxina A, uma substância produzida por fungos que, em condições ambientais adequadas, pode estar presentes em produtos alimentares, como cereais, frutos secos, café, cacau, uvas, e processados, como vinho, cerveja ou sumo de fruta.

A fiscalização constatou que uma das cargas apresentava quatro vezes o limite máximo permitido para a Ocratoxina. "Ao exceder o limite permitido de micotoxina o produto torna-se tóxico, sendo prejudicial à saúde", afirmou o coordenador de Fiscalização da Qualidade Vegetal, Tiago Dokonal, em nota.

O país de origem será notificado oficialmente pelo Ministério e as cargas serão devolvidas dentro de 30 dias. "O Ministério segue atento para assegurar produtos de qualidade na mesa do consumidor brasileiro, principalmente, nesta época de festas de fim de ano", destaca Dokonal.

Segundo o Ministério, a entrada de frutas secas, amêndoas, nozes e castanhas nas fronteiras são controladas pelas equipes da Vigilância Agropecuária Internacional (Vigiagro) e no mercado interno pelo Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal.

O controle de micotoxinas de produtos importados é realizado pelos Laboratórios Federais de Defesa Agropecuária (LFDA) e pela rede credenciada. Somente após a análise é que são liberados para a comercialização no Brasil.

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