Pelo menos 12 pessoas morreram e outras cinco continuam desaparecidas após a passagem de um ciclone extratropical no Rio Grande do Sul, enquanto milhares de pessoas tiveram que ser transferidas para abrigos, informaram, neste domingo (18), as autoridades locais.
"Sobe para 12 o número de vítimas fatais, e ainda seguem as buscas a cinco desaparecidos", tuitou a Defesa Civil do Rio Grande do Sul.
Mais cedo, o órgão havia informado que eram 11 mortos e dez desaparecidos. Agora, informou que o corpo de um homem foi encontrado no município de Caraá e que outras cinco pessoas desta mesma localidade que constavam como desaparecidas foram encontradas com vida, reduzindo o número pela metade.
Além disso, segundo a Defesa Civil, 3.713 pessoas estão desabrigadas e 697 foram desalojadas de zonas de risco pela passagem do ciclone entre quinta e sexta-feira.
Um bebê de quatro meses está entre os mortos, segundo a imprensa local, que também exibiu imagens de um veículo sendo arrastado até um cemitério pelos fortes ventos.
"A água já batia na cintura em casa. Graças a Deus, os bombeiros vieram rápido e nos socorreram de barco. Parecia pesadelo", disse uma das vítimas resgatadas em São Leopoldo, cidade situada a cerca de meia hora da capital Porto Alegre, citada pelo jornal O Estado de S. Paulo.
Outros moradores foram retirados em helicópteros.
Não há previsão de mais chuvas neste domingo na região.
O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, liderou uma missão que percorreu, no sábado, em helicóptero, as áreas mais atingidas junto com ministros do governo federal.
Em Caraá, um dos municípios mais atingidos, as autoridades visitaram um centro comunitário improvisado como abrigo para centenas de pessoas cujas casas sofreram danos.
"A situação de Caraá nos consterna profundamente. É fundamental que possamos, de maneira integrada, mapear rapidamente as principais áreas atingidas e identificar as pessoas que precisam de apoio", declarou o governador do Rio Grande do Sul em comunicado.
Leite destacou que os bombeiros do estado resgataram cerca de 2.400 pessoas nos últimos dois dias nas áreas afetadas.
"Nosso principal objetivo, neste primeiro momento, é proteger e salvar vidas humanas. Resgatar as pessoas que estão ilhadas, localizar desaparecidos e dar todo o apoio para as famílias", disse o governador.