O Rio de Janeiro recebe a partir desta segunda-feira (16), o reforço de 570 agentes para reforçar a segurança em áreas de risco e no patrulhamento de estradas e rodovias. Do total, 300 deles integram a Força Nacional (FN) e 270 são agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF).
"Vamos ampliar a nossa presença no Rio, com mais agentes, mais viaturas e mais trabalho de inteligência", disse o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino. Nesta segunda-feira, 16, Dino estará na capital fluminense ao lado do secretário-executivo do ministério, Ricardo Capelli.
Parte do contingente chegou à cidade no final de semana. Em vídeo postado pelo ministro no X (antigo Twitter), é possível ver viaturas da FN em deslocamento para o Estado. "A atuação será em áreas de competência federal e medidas derivadas do setor da Inteligência, que também está sendo ampliado", escreveu Dino.
Ao longo da semana, Ricardo Capelli irá se encontrar com representantes do Ministério Público Federal (MPF) e da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) para debater a segurança pública no Estado e atuação da Força Nacional.
A chegada de agentes ao Rio foi acordada entre o ministro e o governador do Estado, Cláudio Castro (PL) no mês passado. A "ação integrada", como definiu Castro, tinha como ponto inicial um reforço na segurança no entorno do Complexo da Maré, na zona norte. Também ficou acertado que não haverá ocupação por parte dos agentes no conjunto de favelas.
A ideia inicial era de que o reforço começasse a atuar ainda no início do mês e por tempo indeterminado, mas foi adiada após questionamentos do MPF.
Na semana passada, as forças de segurança do Rio realizaram uma megaoperação na Maré, no Complexo do Alemão, na Cidade de Deus e em outras favelas da capital. Na segunda e na terça-feira, cerca de mil agentes das polícias Civil e Militar fizeram incursões pelo conjunto de favelas para cumprir mandados de prisão.
Entre os objetivos da ação estava coibir a ação das facções Comando Vermelho e Terceiro Comando Puro (TCP). A ação foi desencadeada poucos dias após o assassinato de três médicos na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio. A polícia suspeita que eles tenham sido mortos por integrantes do CV por engano.