NOGE

Ciclone subtropical ganha força no litoral brasileiro: entenda como ele funciona e os riscos

Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu alerta vermelho para grande perigo de tempestades intensas no Vale do Paraíba Paulista, no litoral norte de São Paulo,

Imagem do autor
Cadastrado por

Estadão Conteúdo

Publicado em 16/02/2024 às 12:03
Notícia
X

Com formação iniciada desde a noite de quarta-feira (14), o ciclone subtropical continua ganhando força em alto-mar, na costa do Rio de Janeiro, conforme classificação do fenômeno feita pela Marinha do Brasil. A previsão é de fortes chuvas em áreas de São Paulo e do Rio de Janeiro.

"Este ciclone subtropical é o primeiro deste ano e foi identificado na análise meteorológica da Marinha. O sistema se encontra a cerca de 235 km afastado da costa do Estado do Rio de Janeiro e seus impactos serão sentidos principalmente em alto-mar", prevê a empresa de meteorologia.

Ainda na quarta-feira, o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu alerta vermelho para grande perigo de tempestades intensas no Vale do Paraíba Paulista, no litoral norte de São Paulo, no sul fluminense e na região metropolitana do Rio de Janeiro até quinta-feira (15).

Alerta

No momento, consta o aviso laranja em que há perigo para chuvas intensas principalmente no sul Fluminense, Vale do Paraíba Paulista e região metropolitana do Rio de Janeiro. O alerta pode ser atualizado a qualquer instante.

"Há risco para chuva entre 30 e 60 mm/h ou 50 e 100 mm/dia, com ventos intensos (60-100 km/h). Há risco de corte de energia elétrica, queda de galhos de árvores, alagamentos e de descargas elétricas", estima o Inmet.

Segundo a Climatempo, a expectativa é que este sistema continue ganhando força e se transforme em uma tempestade subtropical na noite desta sexta-feira.

"Se isto ocorrer, este sistema será nomeado de Akará, espécie de peixe em Tupi antigo. Apenas as tempestades subtropicais recebem um nome e somente a Marinha do Brasil 'batiza' estas baixas pressões atmosféricas especiais", disse a empresa de meteorologia.

Na quinta-feira, o Inmet já havia alertado que, em caso de persistência das condições atmosféricas e da intensificação do vento, o ciclone poderia ser classificado como uma tempestade subtropical.

A Climatempo lembra ainda que a última depressão subtropical registrada foi entre os dias 6 e 9 de janeiro de 2023. Já a última tempestade subtropical foi a Yakecan, em meados de maio de 2022.

Entenda as diferenças:

- Depressão subtropical ou ciclone subtropical: é uma área de baixa pressão atmosférica que se forma em latitudes subtropicais, que gera ventos de até 63 km/h. É caracterizada por ar quente em superfície e em médios níveis da atmosfera (de 3km a 5 km) e por ar frio em níveis superiores (acima de 5km), de acordo com a Climatempo;

- Tempestade subtropical: é um ciclone subtropical, mas com pressão atmosférica mais baixa do que uma depressão subtropical. Por isso, os ventos gerados são mais fortes e podem ficar entre 63 km/h e 118 km/h. Segundo a empresa de meteorologia, o fenômeno é caracterizado por ar quente em superfície e em médios níveis da atmosfera (de 3km/h a 5 km/h) e por ar frio em níveis superiores (acima de 5 km).

Tags

Autor