Veja como foi a sabatina de Marçal com Guilherme Boulos em São Paulo

Boulos discute plano para acabar com invasões de propriedades em São Paulo, garantindo que, se eleito, implementará maior programa habitacional de SP

Publicado em 25/10/2024 às 14:51 | Atualizado em 25/10/2024 às 17:15

Em sabatina promovida pelo ex-candidato à prefeitura, Pablo Marçal, nesta sexta-feira (25), Candidato à prefeitura de São Paulo, Guilherme Boulos falou de suas propostas, bem como de algumas de seus adversarios que entende como boas.

Próximo ao dia de votação do segundo turno, que acontece neste domingo (27), o candidato do PSOL, foi à sabatina promovida por um de seus adversários do primeiro turno, o ex-coach Pablo Marçal, que o parabenizou pela ‘coragem’ de participar.

Ao ser questionado por Marçal se copiou, seu estilo de campanha ou divulgação, o psolista, que concorre à prefeitura com Ricardo Nunes, respondeu que "Teve uma ideia sua (de Marçal) que eu assumi, das escolas olímpicas”. Falando também que não se incomoda em reconhecer boas ideias.

“Não tenho problema de ver uma ideia boa do meu adversário. Nunes (o prefeito e seu adversário do MDB) acertou numa ideia, sobre faixa azul para motocicleta", continuou o parlamentar. "O Centrão se juntou para tentar impedir a mudança, representada pelo 50. Eu defendo a mudança, e quem votou em você (no Marçal), também."

Entre as perguntas do ex-coach, Boulos atribuiu as causas de sua alta rejeição ao fato dele "tomar lado" e disse que "nunca fica em cima do muro".

Sobre melhorar a cidade sem aumentar impostos, o candidato afirmou que não há "bala de prata", mas não apresentou propostas que indicassem aumento em sua gestão caso eleito. O psolista também ressaltou que nunca participou de esquemas de corrupção. "Não fazer corrupção é principal resposta para não mexer no bolso das pessoas", disse.

Invasão e proposta habitacional

Entre as questões levantadas esta a proposta do candidato de acabar com invasões caso seja eleito, implementando o maior programa habitacional já visto na capital paulista, segundo o mesmo.

"Sabe por que dou essa certeza de que as invasões vão acabar? Pelo seguinte: conheço o movimento social de moradia por dentro. Estive 20 anos lá. Movimento social de moradia só faz ocupação de terreno abandonado quando não tem política habitacional. Eu vou fazer o maior programa de moradia habitacional da história dessa cidade. Isso é compromisso meu de vida, não é conversa de campanha. Não vai ter ocupação se o governo vai estar trabalhando por moradia".

Boulos ainda disse que tem 20 anos de experiência no movimento de moradia e explicou que esses grupos recorrem a ocupações de terrenos abandonados devido à falta de políticas habitacionais. Para ele, uma gestão focada em moradia pode eliminar essas ocupações.

Como aumentar a receita sem aumentar impostos

Marçal o questionou como aumentar a receita das contas públicas sem aumentar imposto e taxa.

"Tenho solução sim. Uma delas é poder garantir que a Prefeitura tenha mais inovação para fazer a cobrança da dívida ativa. Você, hoje, tem mais de R 150 bilhões de dívida com a Prefeitura. Tem poucos procuradores da Fazenda fazendo a cobrança dessas dívidas. Dá para implementar métodos, que outras metrópoles do mundo têm, inclusive, com uso de inteligência artificial para poder facilitar a cobrança dessas dívidas sem aumentar R $1 de taxa", explicou Boulos.

Segundo o candidato, o problema da capital é a falta de planejamento. "São Paulo não precisa aumentar imposto. O orçamento é de R $112 bilhões. É o maior orçamento da história da cidade. O problema não é falta de dinheiro, é falta de prefeito, falta de planejamento. Se você direcionar melhor o gasto público, você consegue garantir que a política pública seja eficiente na ponta".

"Não significa aumentar imposto. É uma dívida que já está inscrita, que não cabe ao prefeito que entrar falar que essa dívida não existe mais. É um passivo que já está lá, por determinações legais, e cabe a prefeitura cobrar", conta Boulos.

Para ele, é importante, também, combater a corrupção na prefeitura. "A terceira coisa, é mais importante, é não desviar dinheiro público. Hoje temos alguém na Prefeitura de São Paulo cheio de suspeitas. Combater a corrupção dentro da Prefeitura é a principal resposta de como fazer o gasto público ir para o lugar certo sem mexer R $1 no bolso das pessoas".

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