Centro

Animais não serão mais retirados do Parque 13 de Maio

Ministério Público de Pernambuco mudou de ideia após laudo do Ibama afirmar que bichos são bem cuidados

Do JC Online
Cadastrado por
Do JC Online
Publicado em 20/08/2014 às 15:50
Foto: Hélia Scheppa/JC Imagem
Ministério Público de Pernambuco mudou de ideia após laudo do Ibama afirmar que bichos são bem cuidados - FOTO: Foto: Hélia Scheppa/JC Imagem
Leitura:

Os 65 animais silvestres que vivem no Parque 13 de Maio não terão mais que deixar o espaço, como havia sido decidido em abril deste ano. O promotor do Ministério Público de Pernambuco (MPPE), Ricardo Coelho, voltou atrás da decisão após o Ibama ter vistoriado o minizoológico e concluído que os bichos estão “bem cuidados e adaptados”. Mesmo assim, as jaulas terão que ser ampliadas e passar por melhorias para garantir a permanência dos animais. As reformas devem ser realizadas pela Empresa de Manutenção e Limpeza Urbana do Recife (Emlurb), responsável pela administração do parque.

Além do Ibama, o promotor ouviu a veterinária dos animais e membros da Emlurb, da Secretaria municipal de Meio Ambiente e da sociedade civil para avaliar novamente o tema. “Todos foram favoráveis à permanência, por que o MPPE seria contra? Só me curvei à vontade desses órgãos, que fizeram vistorias minuciosas no local”, falou. O Ministério Público também realizou uma inspeção e o próprio Coelho visitou o parque no domingo passado. “Só tive boas impressões”, garantiu.

A discussão sobre a manutenção do minizoo veio à tona em fevereiro, com a criação de uma petição online que pedia a desativação do espaço. A iniciativa foi tomada pelo dramaturgo e cinegrafista Felipe Peres Calheiros, que é contra o confinamento de animais. Outros ativistas lembraram que em 2012 foi criado uma lei estadual que proíbe a permanência de bichos silvestres em parques e praças públicas.

O assunto ganhou repercussão e foi tema de audiência pública em abril. Na ocasião, o próprio promotor Ricardo Coelho pediu a retirada dos animais dentro de seis meses, alegando que o parque não tinha licença para manter o minizoo. Agora que desistiu da decisão, impôs como condição para a manutenção do espaço o cadastro de todos os animais no Ibama. O serviço deve ser realizado pela Emlurb, que também precisa apresentar um plano de reformas do espaço nos próximos 15 dias.

Leia mais na edição do Jornal do Commercio desta quinta-feira (21).

Últimas notícias