Preservação

Ninho com 49 tartarugas da espécie pente eclode na praia do Pina

O ninho ficava na praia do Pina, por trás das quadras de tênis da beira-mar, e é o segundo, este ano, a eclodir no litoral da cidade

Do JC Online
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Publicado em 07/05/2015 às 21:17
Foto: Ricardo Labastier/ JC Imagem
O ninho ficava na praia do Pina, por trás das quadras de tênis da beira-mar, e é o segundo, este ano, a eclodir no litoral da cidade - FOTO: Foto: Ricardo Labastier/ JC Imagem
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Um ninho de tartaruga-de-pente eclodiu na tarde desta quinta-feira (7) na orla da praia do Pina, na Zona Sul do Recife e mais de 49 filhotes nasceram. 

Ao todo, havia 100 ovos no local, mas 49 destes não eclodiram e dois animais que já haviam quebrado a casca do ovo morreram tentando alcançar a superfície. 

A saída dos filhotes em direção ao mar foi acompanha por técnicos da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Sustentabilidade, pela Brigada Ambiental e por mais de 30 espectadores. O ninho ficava na praia do Pina, por trás das quadras de tênis da beira-mar, e é o segundo, este ano, a eclodir no litoral da cidade.

Os filhotes são de tartarugas-de-pente, uma espécie ameaçada de extinção. “É muito importante que as praias do Recife voltem a ser um berço de tartarugas marinhas. Este ano, conseguimos garantir o nascimento dos dois ninhos existentes na orla da cidade. Sem dúvida, foi uma vitória importante para natureza”, disse o gerente de Controle Ambiental da SMAS, Ismael Cassimiro, destacando a participação do ambientalista Adriano Arton na iniciativa.

Segundo Cassimiro, essa desova ocorreu no início de março e a secretaria foi informada por moradores e comerciantes. Para assegurar o nascimento dos animais, uma área de quatro metros quadrados foi isolada com redes e estacas. A Emlurb também foi alertada sobre a existência do ponto e os funcionários que realizavam o serviço de limpeza da areia com a ajuda de trator redobraram os cuidados ao passar pelo local.

“O isolamento ajuda a deixar o espaço mais visível para quem trabalha na limpeza da orla e evita que curiosos toquem no ninho. Mas é importante destacar que a população nos ajudou muito este ano. Principalmente, informando sobre as desovas e respeitando os espaços protegidos”, disse Cassimiro.

No ano passado, foram identificados e protegidos quatro ninhos de diferentes espécies. Infelizmente, um deles foi violado e cerca de 30 ovos foram perdidos.

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