SOLUÇÃO

Microchip para os gatos da Avenida Beira-Rio

Ministério Público de Pernambuco (MPPE) realiza audiência e expede recomendações à Prefeitura do Recife a outros órgãos

Bianca Bion
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Bianca Bion
Publicado em 30/07/2015 às 8:00
Foto: André Nery/JC Imagem
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O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) vai recomendar à Prefeitura do Recife, o governo do Estado e à Polícia Militar uma série de medidas para resolver a situação dos gatos abandonados na praça da Avenida Beira-Rio, na Torre, Zona Oeste do Recife. Entre os pontos citados, estão a instalação de câmeras, microchipagem (aplicados com o objetivo de identificar e criar um cadastro da situação dos animais) e a presença de policiais e guardas civis para coibir o abandono. Os órgãos envolvidos vão ter até o próximo dia 7 para se pronunciar a respeito das solicitações. Caso não haja posicionamento, o MPPE vai mover ações civis públicas e penais contra os representantes envolvidos. 

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Gatos abandonados na Avenida Beira-Rio, Torre.Foto: André Nery/JC Imagem - Foto: André Nery/JC Imagem
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Praça da Avenida Beira-Rio é ponto de abandono de gatos Foto: André Nery/JC Imagem - Foto: André Nery/JC Imagem
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O grupo Gatinhos Urbanos, formado por moradores da localidade, ajudam Foto: André Nery/JC Imagem - Foto: André Nery/JC Imagem
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Eles levam ração, remédios e pagam internações para gatos doentes Foto: André Nery/JC Imagem - Foto: André Nery/JC Imagem
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O MPPE vai recomendar a adoção de medidas para acabar com a práticaFoto: André Nery/JC Imagem - Foto: André Nery/JC Imagem
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Entre elas, instalação de câmeras e presença de policiais militares Foto: André Nery/JCImagem - Foto: André Nery/JC Imagem
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Vai ser analisada também a criação de abrigos e campanhas educativas Foto: André Nery/JC Imagem - Foto: André Nery/JC Imagem
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Na semana passada, havia 47 gatos abandonados no ponto Foto: André Nery/JC Imagem - Foto: André Nery/JC Imagem
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A Prefeitura do Recife se comprometeu a castrar e vacinar os bichos Foto: André Nery/JC Imagem - Foto: André Nery/JC Imagem
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A gestão também vai tentar encontrar lares por meio das feiras de adoçãoFoto: André Nery/JC Imagem - Foto: André Nery/JC Imagem

A decisão foi tomada ontem após reunião com representantes dos movimentos Mascote de Rua e Gatinhos Urbanos, Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Centro de de Vigilância Ambiental (CVA) e da Secretaria-Executiva de Direitos dos Animais (Seda). Os ativistas elencaram 10 resoluções de curto e médio prazo a serem tomadas, como análise da construção de abrigos públicos para receber os gatos ou a conclusão das obras do CVA, monitoramento das adoções e cirurgias realizadas e a criação de um programa de castração, vacinação e tratamento nas comunidades. 

“O caso da Beira-Rio é apenas a ponta do iceberg. São mais de 100 mil felinos e cachorros abandonados no Recife. Caso os órgãos envolvidos não se pronunciem sobre as recomendações, vamos instaurar ações civis e até penais, pois identificamos que há questões sendo negligenciadas”, relata o promotor do Meio Ambiente da capital, Ricardo Coelho. Os defensores aprovaram a resolução. “A reunião foi proveitosa e serviu para colocar pressão nos órgãos públicos. A Seda precisa tomar a iniciativa, identificar as áreas de risco e conversar com os ativistas”, afirma Sidney Nicéas do movimento Mascote de Rua. 

A Seda se comprometeu a fazer levantamento na Torre na próxima segunda-feira, às 14h, para encaminhar os animais para castração e microchipagem. Além disso, vai tentar encontrar lares por meio das feiras de adoção. A audiência aconteceu por causa do abandono constante de felinos na praça da Avenida Beira-Rio. “Uma vez, conseguimos arranjar lares para todos os gatos, mas outros apareceram. O problema é o abandono. Na semana passada, havia 47”, lamenta a cerimonialista Paula Van der Linden do grupo Gatinhos Urbanos. O bolso dos defensores pesa. A microempresária Eunice Pereira visita os animais todos os dias há cerca de seis anos e gasta R$ 1.500 por mês. Para quem frequenta o local, está mais do que na hora de solucionar o problema. “Os bichinhos sofrem e causam muita sujeira. É preciso fazer algo a respeito”, exige a aposentada Maria Amélia de Aquino, 55 anos. 

 

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