Protesto

Estudantes voltam às ruas em apoio à greve dos professores estaduais

Além do apoio à greve dos docentes, os jovens também pediram melhorias para as escolas da rede estadual

Do JC Online
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Publicado em 20/04/2015 às 12:15
Foto: Guga Matos / JC Imagem
Além do apoio à greve dos docentes, os jovens também pediram melhorias para as escolas da rede estadual - FOTO: Foto: Guga Matos / JC Imagem
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Cerca de 50 estudantes da rede estadual de ensino se uniram em um protesto, na manhã desta segunda-feira (20), em apoio à greve dos professores do Estado. O grupo saiu do Parque 13 de Maio, na área central do Recife, por volta das 9h e seguiu em direção ao Palácio do Campo das Princesas, sede do Governo. Na casa, os alunos foram recebidos pelo secretário-executivo da Casa Civil, Marcelo Canuto.

Além do apoio à greve dos docentes, os jovens também pediram melhorias para as escolas da rede estadual. Estiveram presentes no ato alunos do Ginásio Pernambucano, do Colégio Nóbrega, da Escola Professor Alfredo Freire e da Escola Álvaro Lins.

Ao final do protesto, 30 estudantes permaneceram no palácio. Entre os alunos que entraram estava José Alexandre Santos, de 16 anos, que estuda no Ginásio Pernambucano. "Nós fomos bem-recebidos pelo secretário, que nos pediu um documento formal com as nossas reivindicações. Tudo está sendo resolvido com os órgãos competentes", explicou. O adolescente também informou que um novo ato está sendo organizado pelos estudantes, dessa vez em direção à Secretaria de Educação, no bairro da Várzea.

Em nota, a Casa Civil do Estado confirmou o encontro com os estudantes e aguarda o documento com as reivindicações dos alunos. Confira o documento na íntegra.

"O secretário-executivo de Coordenação da Casa Civil, Marcelo Canuto, recebeu, na manhã de hoje (20/04), um grupo de cinco estudantes, das escolas estaduais Sizenando Silveira, Polivalente de Abreu e Lima e Ginásio Pernambucano (Cruz Cabugá e Aurora). Além de reivindicar o retorno das aulas, eles solicitaram melhorias nas estruturas das escolas.

Canuto explicou que o governo mantém sua disposição de reabrir o diálogo com a categoria, por meio do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Pernambuco (Sintepe), mas lamenta que a entidade tenha prosseguido com a paralisação mesmo após a Justiça ter decretado a ilegalidade da greve. Sobre as reivindicações nas unidades, ficou a acertado que o grupo faria um documento, relatando os problemas apontados na reunião, para que a Casa Civil encaminhe à Educação e órgãos competentes, a fim de encontrar soluções o mais rapidamente possível."

GREVE

Na última quarta-feira (15), a Justiça determinou a suspensão da greve dos professores da rede estadual, sob a alegação de ilegalidade do movimento. Em greve desde segunda-feira (13), os docentes pedem o pagamento do reajuste de 13,01% do piso salarial do magistério para todos os docentes. Caso a decisão seja descumprida o Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Pernambuco (Sintepe) pagará multa de R$ 30 mil por dia.

Em março, a Assembleia Legislativa de Pernambuco aprovou o reajuste de 13,01% do piso salarial apenas para aqueles que tem magistério, contrariando a determinação nacional. O aumento só contempla 10% dos professores. Segundo o Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Pernambuco (Sintepe), ficam sem reajuste 45.750 profissionais. Estudam na rede estadual de ensino cerca de 650 mil alunos. 

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