SELEÇÃO

Abertas as inscrições para seleção da Escola de Aplicação do Recife

Este ano, além das vagas destinadas a alunos no 6º ano, haverá 10 vagas para o 1º ano do Ensino Médio

Margarida Azevedo
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Margarida Azevedo
Publicado em 24/08/2016 às 8:00
Foto: Guga Matos/ JC Imagem
Este ano, além das vagas destinadas a alunos no 6º ano, haverá 10 vagas para o 1º ano do Ensino Médio - FOTO: Foto: Guga Matos/ JC Imagem
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A Escola de Aplicação do Recife, vinculada à Universidade de Pernambuco (UPE), é um dos colégios públicos estaduais mais concorridos da capital pernambucana. Diferentemente das demais unidades da rede, as vagas são preenchidas por meio de seleção que tem em média mil candidatos para 30 vagas do 6º ano do ensino fundamental. Este ano, além dessas, haverá 10 vagas para o 1º ano do ensino médio. As inscrições estão abertas até 31 de outubro. As provas foram marcadas para 27 de novembro.

Trinta por cento das vagas são reservadas para estudantes que neste ano letivo de 2016 cursaram escola pública municipal, estadual ou federal. Significa que nove vagas do 6º ano do fundamental e três do 1º ano do ensino médio serão destinadas a esse público. Os concorrentes farão provas de português (16 questões, sendo oito de leitura e interpretação de textos) e matemática (16 quesitos, sendo oito de geometria). Para os do ensino médio, haverá ainda prova de história e geografia (oito quesitos).

A qualidade do ensino – a escola ficou com nota 7,9 nos anos finais do ensino fundamental, em 2013, do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), indicador de qualidade aferido pelo Ministério da Educação – deve-se em boa parte à dedicação do corpo docente. Todos os 20 professores têm pós-graduação, com mais de 50% mestres ou doutores. “Também porque como a seleção é muito concorrida, a maioria dos nossos alunos chega com um nível de aprendizado muito bom”, destaca uma das coordenadoras do colégio, Marisa Varela Liberal.

Se a qualidade dos professores chama a atenção positivamente, o aspecto que carece de investimento é a infraestrutura. O colégio funciona apenas no turno da tarde, no mesmo prédio da Faculdade de Administração da UPE (FCAP), no bairro da Madalena, Zona Oeste do Recife. Não dispõe de nenhum laboratório. Há uma sala de leitura que serve como biblioteca para os 239 alunos. E apenas isso. Os estudantes não têm como praticar atividades físicas. Para compensar a falta de aulas práticas, muitos docentes improvisam com experimentos ao ar livre. As turmas têm em média 30 alunos no fundamental e 40, no ensino médio.

O estímulo à participação de olimpíadas e concursos é constante. No 6º ano, os alunos cursam a disciplina de metodologia da pesquisa para que possam, ao longo do fundamental, desenvolver investigações teóricas. “Todos os anos, no segundo semestre, as turmas escolhem um tema para fazer uma pesquisa”, explica outra coordenadora, Ladjane Nascimento.

A partir de setembro a unidade de ensino vai ofertar merenda. Como faz parte da rede pública, os discentes ganham todos os livros enviados pelo Ministério da Educação. Mas há professores, sobretudo os do ensino médio, que complementam o ensino com apostilas e fichas avulsas.

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