Confusão

Estudantes acusam professores de trancá-los em escola ocupada na Iputinga

Informação foi divulgada nesta manhã pela assessoria de imprensa da deputada estadual Tereza Leitão

JC Online
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Publicado em 23/11/2016 às 13:41
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Informação foi divulgada nesta manhã pela assessoria de imprensa da deputada estadual Tereza Leitão - FOTO: Foto: Google Street View
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Atualizada às 18h28

Um grupo de estudantes que ocupou, na última terça-feira (22), a Escola Técnica Estadual Professor Lucilo Ávila Pessoa, situada na Avenida Caxangá, bairro da Iputinga, Zona Oeste do Recife, denunciou que parte dos professores e alunos da instituição trocaram os cadeados da escola, os mantendo em cárcere privado. A informação foi divulgada na manhã desta quarta-feira (23) pela assessoria de imprensa da deputada estadual Tereza Leitão (PT), presidente da Comissão de Educação e Cultura da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe).

Segundo os assessores da parlamentar, além dos alunos, teriam ficado presos na escola alguns professores e funcionários que estavam no interior do prédio quando a troca de cadeados ocorreu. Os estudantes, que protestam contra a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 55 - que está em tramitação no Senado e pretende limitar os gastos públicos por 20 anos - e contra a reforma do ensino médio, procuraram a parlamentar, que mediou o contato dos manifestantes com a Secretaria Estadual de Educação (SES).

Segundo a deputada, o acesso à saída da escola foi liberado no início da tarde. "Recebi a ligação de um dos meninos que está participando da ocupação e enviei meu advogado e um assessor à escola. Liguei também para Paulo Dutra, secretário-executivo de Educação Profissional, que por sua vez enviou um funcionário da pasta para o local para resolver a questão", afirmou Leitão.

A petista disse ainda que é necessário apurar se houve a participação de adultos na ação, uma vez que parte dos estudantes diz que professores ajudaram os estudantes contrários à ocupação a trancar o prédio. "Tomaremos medidas jurídicas apenas se ficar comprovado que adultos participaram do ato. Se o embate foi entre alunos, a atuação é outra. Não podemos tirar a autonomia dos estudantes", cravou a parlamentar.

O JC tentou, por diversas vezes, falar com representantes dos estudantes na ocupação, mas, até as 18h42, os manifestantes não quiseram falar com a reportagem. 

Até a última terça-feira (22), 16 escolas da Região Metropolitana do Recife haviam sido ocupadas por estudantes secundaristas, sendo dez delas na capital pernambucana, cinco em São Lourenço da Mata e uma em Jaboatão dos Guararapes.

Outro lado

Por nota, a SES negou o envolvimento de professores na confusão e disse que está tentando dialogar com os estudantes. Confira abaixo na íntegra:

Na manhã desta quarta-feira (23), houve um movimento causando por um pequeno grupo de estudantes que protestam na Escola Técnica Estadual Professor Lucilo Ávila, em razão de grande parte dos estudantes da unidade de ensino serem contrários aos protestos que paralisaram as atividades pedagógicas na escola. Após o desentendimento, apoiado por representantes de movimentos sociais e partidos políticos, a situação foi tranquilizada no final da manhã. A Secretaria de Educação do Estado esclarece que vem tentando dialogar com os estudantes do movimento realizado nas escolas da rede estadual, a fim de restabelecer as aulas, porém esses mesmos estudantes optam por não abrir o canal de diálogo com a Secretaria, o que, consequentemente, prejudica a realização das aulas nas escolas da rede estadual.

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