Colégio CASAFORTE

Base sólida para a vida toda

Colégio CASAFORTE festeja 20 anos com dedicação exclusiva da diretora Betânia Ferreira, expansão da sede e oferta de Fundamental II

JC Online
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Publicado em 31/08/2019 às 8:19
Luisi Marques/JC360
FOTO: Luisi Marques/JC360
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Desde o período em que foi docente da Universidade Federal Rural de Pernambuco, passando pela coordenação da equipe de redação da antiga Covest, que elaborava o vestibular mais disputado do Estado, ou mesmo durante os anos em que esteve à frente de cursinhos preparatórios e colégios, Betânia Ferreira consolidou uma avaliação sobre a origem das dificuldades vividas por seus alunos: faltava base. Não existia solidez nos conhecimentos que eles apresentavam, especialmente em português e matemática, o que tornava mais complexo o aprendizado das outras disciplinas.

“Via que, entre os 40 ou 45mil alunos que faziam a prova da Covest a cada ano, a principal dificuldade era expressar aquilo que pensavam. Falha na construção do raciocínio, falha de alfabetização, em resumo. Os estudantes tinham o contato com a linguagem, mas não conseguiam organizar as ideias. É um processo que deve começar ainda na infância. Foi aí que resolvi criar essa escola em que as crianças tenham uma base sólida, desenvolvida a partir de uma formação integral”, relembra a professora, fundadora do Colégio CASAFORTE.

Uma estratégia usada por Betânia foi incluir a produção textual na rotina dos estudantes do Fundamental do CASAFORTE, independentemente da disciplina trabalhada. “No primeiro ano, acontece de modo mais lúdico. São textos miúdos, para ilustrar aquilo que estão aprendendo. No segundo e terceiro anos, eles começam a produzir textos sobre qualquer tema, em qualquer disciplina. E eles apresentam, defendem o que escreveram. Com isso vem a desinibição, a argumentação, a agilidade de raciocínio, características que valem para a vida inteira”, pontua a professora.

No próximo ano, o colégio celebra 20 anos de estrada e planeja comemorar do jeito que prefere: com qualidade de ensino e a preocupação constante em oferecer uma formação completa para seus estudantes. A principal novidade é a dedicação exclusiva de Betânia à gestão da escola. “O CASAFORTE é minha grande paixão profissional, pelo fato de eu saber que essas crianças serão adultos com uma formação bem estruturada, não importa a área de atuação que escolham”, assegura.

Investimentos também foram feitos para ampliar a estrutura física da escola, que agora conta com um Centro Administrativo-Pedagógico, voltado para a equipe ligada à gestão e para o atendimento das famílias. Outra mudança que começa em 2020 é a oferta do Ensino Fundamental II - mas tudo gradativamente, sem perturbar o caráter de intimidade de que alunos, familiares e corpo técnico desfrutam. “Nossa turma atual do quinto ano vai passar ao sexto e com eles entraremos no Fundamental II. Como também vamos matricular alunos de  fora, a gente nota a necessidade de ir por etapas. Vamos receber os novatos comum trabalho de acompanhamento, para se sentir em à vontade e pegarem o ritmo. O que a gente busca é uma transição suave, sem traumas”, explica a educadora.

Um dos alunos da nova turma do sexto ano será Paulo Torres, 11, filho da comerciante Raiana Torres. A confiança é o traço marcante na relação entre a família e a escola: as irmãs de Paulo – Carolina, 6anos; e Alice, 2 – também estudam no CASAFORTE. “O colégio está muito próximo da gente. Chama os alunos pelo nome e todo mundo se conhece. É muito acolhedor e nos traz muita segurança”, afirma Raiana.

Futuramente, os filhos de Raiana poderão contar histórias semelhantes às de Angelo Serejo, primeiro aluno matriculado no CASAFORTE. “Lembro do aconchego que fazia parte da rotina da escola, tenho um carinho muito grande até hoje. E os caminhos da vida me levaram a reencontrar Betânia no Ensino Médio, então acho bonito que ela integre vários momentos da minha vida escolar”, recorda. Atualmente, Serejo cursa Administração de Empresas na Fundação Getúlio Vargas, em São Paulo.

Pais e mães podem ficar certos de que a proximidade do colégio às famílias vai continuar, mesmo como Fundamental II. Propositalmente, as turmas são pequenas: até 15 alunos no Infantil; até 25 no Fundamental. “O segredo do nosso projeto é a expansão gradativa. Nada teria acontecido de maneira tão consistente se tivéssemos aberto turmas do sexto, sétimo e oitavo anos, de uma vez. Os alunos do primeiro ano passam para o segundo, e assim sucessivamente”, complementa o diretor administrativo Davi Ferreira.

Já ouviu falar em Linguamática?

A busca pela qualidade no processo de alfabetização e letramento, além de resultar na fundação do Colégio CASAFORTE, ajudou a criar um conceito que só existe na escola de Betânia Ferreira: a Linguamática.“O que eu buscava era um aprendizado consistente e ele depende do processo lógico, porque matemática está em tudo. Mas até para ser bom em matemática é preciso ler e interpretar o enunciado de um problema. É a linguagem que te dá condições de valorizar todas as outras disciplinas”, afirma a professora.

Assim, a Linguamática surgiu com o projeto específico do colégio desde o início e até o termo foi registrado por razões de propriedade intelectual. A ideia é valorizar a linguagem em todas as suas manifestações: verbal, não verbal, corporal, artística, sempre trabalhando em paralelo com leitura, escrita e raciocínio lógico, independentemente da disciplina em questão.

“A linguagem é nossa forma de comunicação. A lógica e o cálculo levam as crianças a terem as habilidades associadas ao processo de entendimento linguístico. Lá na frente, as outras disciplinas vão depender de todos esses processos muito bem trabalhados”, resume Betânia.

DNA COMUNITÁRIO

Para além do compromisso pedagógico com os alunos e suas famílias, a gestão do Colégio CASAFORTE faz questão de se manter muito próxima da comunidade onde está inserido. O bairro não serviu apenas para batizar a escola. “Sempre procuramos fazer um trabalho bem legal no entorno do colégio. Uns projetos se consolidam, outros vão se ajustando, mas estamos sempre presentes”, afirma a diretora.

Uma das iniciativas é o Balé Solidário, na qual integrantes da Casa da Criança Marcelo Asfora têm aulas de balé com a professora do colégio e usufruindo das estruturas da instituição. “Nós nos tornamos padrinhos e eles se apresentam em eventos variados. Todos têm que estar com as notas e o comportamento em dia. E eles se dedicam muito, estão empolgadíssimos”, Betânia comemora.

Nas festas juninas, a equipe do colégio arrecada roupas infantis, adereços e alimentos não perecíveis, buscando doações entre os funcionários e as famílias dos alunos. Em parceria com a Paróquia de CasaForte, os itens chegam às pessoas mais necessitadas. Iniciativa semelhante acontece em outubro, mas a Faxina dos Brinquedos tem como objetivo coletar presentes para os pequenos, em função do Dia das Crianças.

O projeto mais recente de integração com a comunidade foi a adoção do módulo 1 da Praça de CadaForte, junto à Prefeitura do Recife. “Assumimos a manutenção e colocamos um dispenser de saquinhos para recolher os dejetos dos animais de estimação. A praça é o terraço do colégio e a adoção aumenta a responsabilidade dos alunos para cuidar do espaço”, acredita Betânia.

O passeio ciclístico em torno da praça, que fecha a Semana de Trânsito, também mostra a importância do cuidado cidadão como espaço público. “As próprias crianças cobram dos pais o respeito às regras de trânsito. Levamos para a vida comunitária o mesmo cuidado que temos dentro do colégio, sem alarde. Os alunos se encarregam de repassar esses valores”, celebra.

Luisi Marques/JC360
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