Desde o acidente com o avião da Noar que caiu no dia 13 de julho de 2011 no Recife, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) não havia feito nenhuma reunião com os familiares das 16 vítimas da tragédia. A primeira aconteceu nesta segunda-feira (9), na sede da Anac, e durou 4h30. O objetivo era atualizar os parentes sobre as sanções e providências que estão sendo aplicadas à companhia aérea.
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Estavam presentes membros da Anac de Brasília, da Associação Brasileira dos Familiares, Amigos e Vítimas de Acidentes Aéreos (Abrapava) e os familiares.
A reunião foi a portas fechadas e começou por volta das 10h30 da manhã. Como foi a primeira, os familiares tinham muitas perguntas a fazer. Ao final, os parentes declararam que muitos pontos ainda ficaram sem solução e que não há justificativas para que a Anac deixasse a Noar continuar operando no País.
As pessoas das famílias das vítimas, porém, consideraram um avanço a reunião pois, desde a tragédia, nenhum órgão havia se proposto a dar respostas concretas sobre o acontecido, e a conclusão das investigações da Anac servirá de base para a Polícia Federal (PF) atuar.
A Anac havia suspendido no dia 17/07/2011 o Certificado de Homologação de Empresa de Transporte Aéreo (CHETA) da Noar e essa suspensão foi ratificada, de forma cautelar, após denúncias de possíveis irregularidades nas operações da empresa. Essa suspensão ainda vigora, e a única aeronave da empresa possui o Certificado de Aeronavegabilidade suspenso devido a condições operacionais inadequadas. O corpo funcional mínimo exigido para que a empresa funcione dentro das normas da aviação civil está incompleto.
Haverá uma outra reunião, no dia 18, das famílias com o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa).