Polêmica

População protesta contra proibição dos bares no Sítio Histórico de Olinda

Manifestantes tomaram conta dos Quatro Cantos na noite desta quinta-feira (8)

Do JC Online
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Publicado em 08/01/2015 às 22:17
Ricardo Labastier/ JC Imagem
Manifestantes tomaram conta dos Quatro Cantos na noite desta quinta-feira (8) - FOTO: Ricardo Labastier/ JC Imagem
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Atualizada às 23h34

Mesmo com uma audiência pública marcada para acontecer no dia 20 de março no intuito de discutir o funcionamento irregular de bares no Sítio Histórico de Olinda, frequentadores assíduos do local não cruzaram os braços e já começaram a se manifestar. Na noite desta quinta-feira (8), mais de 300 pessoas tomaram conta das ladeiras dos Quatro Cantos. Tudo foi organizado através do Facebook, no evento denominado “Vem Pra Olinda, Ocupe o Patrimônio Histórico Humanidade”.

Carregando cartazes com os dizeres “Vamos ocupar as ruas de Olinda” e “Abaixo a gourmetização das ladeiras de Olinda”, os manifestantes exigiram o livre funcionamento dos bares do local.  Facebook e também pelo aplicativo de celular WhatsApp. "Estamos fazendo isso hoje (ontem) para as pessoas não esquecerem o que estão tentando fazer. A medida é muito arbitrária. Moradores e bares podem sim ter uma convivência pacífica", diz a professora Joana Melo, 29 anos, que aprova a realização da audiência pública.

Já a produtora cultural Hylka Monte, 34, acha que os problemas da Cidade Alta não estão diretamente ligados ao funcionamento dos bares. "O tráfico e a violência acontecem pela falta de iluminação e segurança na parte histórica. E a limpeza seria muito melhor se houvessem banheiros públicos para todos usarem", argumenta.

Todo o celeuma começou quando a Secretaria de Planejamento e Controle Urbano de Olinda, no dia 29 de dezembro do ano passado, se reuniu com os proprietários dos bares para discutir a regularização de 13 locais que não possuem licença para tal finalidade.

Depois do encontro, teria ficado acertado o não funcionamento dos bares sem a licença a partir do dia 13 de janeiro. No entanto, depois de um consenso entre Ministério Público de Pernambuco (MPPE) e Prefeitura de Olinda, ficou decidido a necessidade de rever a Lei de Uso e Ocupação do Solo do Sítio Histórico (nº 4849/92), que proíbe o serviço na região.

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