Racionamento

Barragem que abastece a área norte da Região Metropolitana do Recife opera em nível baixo

Atualmente o reservatório opera com apenas 16% da sua capacidade

Do JC Online
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Publicado em 20/02/2015 às 18:49
Foto: Compesa/ Divulgação
Atualmente o reservatório opera com apenas 16% da sua capacidade - FOTO: Foto: Compesa/ Divulgação
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A barragem de Botafogo, localizada em Igarassu, que abastece vários  bairros de cidades da Região Metropolitana do Recife (RMR), como os de Olinda, Abreu e Lima, Igarassu e Paulista, está em um nível preocupante. Por isso, nos últimos meses houve uma ampliação no racionamento nas áreas que são atendidas por este sistema. Atualmente  o reservatório opera com apenas 16% de sua capacidade. Se não chover nos próximos 30 dias, a Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) precisará fazer uso do volume morto. 

Os técnicos da companhia esperam  que o uso do volume morto ocorra quando o reservatório atingir 14% do seu volume total, caso não chova no período. Segundo a Compesa, para ter acesso ao volume morto, será necessário usar bombas submersas fixadas em uma balsa para fazer o bombeamento da vazão de 200 litros por segundo (l/s), isso quando o nível da barragem estiver abaixo da última tomada de água.

Caso não chova, a alternativa será usar o volume morto da barragem. A decisão de uso é preventiva e visa o abastecimento de água para a população da área norte da RMR. Isso evitará que não haja maiores prejuízos. A balsa, comumente chamada de flutuante, só será usada quando o nível  na barragem não  permitir mais a captação por gravidade através da comporta localizada na torre da tomada de água. 

Atualmente, Botafogo detém um de seus piores volumes de armazenamento de água da Região Metropolitana do Recife. A crise hídrica é a segunda pior da história da barragem desde a inauguração em 1980. Em 1999, devido ao efeito do El Niño, o reservatório atingiu 8% da sua capacidade, quando foi usado o volume morto da barragem.

A Compesa informou que além de se preparar para utilizar o volume morto, busca também viabilizar recursos financeiros junto ao Ministério da Integração, destinados à execução de obras de emergência para atender essa região.

A transposição do Rio Capibaribe para a Barragem de Botafogo é um dos projetos para amenizar o problema. Ele envolve uma captação da água por canal de aproximação, uma estação elevatória, um sistema de bombas, e 6.600 metros de adutora nos diâmetros que variam de 900 a 600 milímetros até um riacho contribuinte do manancial.

O sistema terá capacidade para transferir vazões de 400, 800 ou 1.200 l/s, dependendo da época do ano. O investimento para a execução das ações será de cerca de R$ 30 milhões e o projeto já está finalizado.

Outro ação  é a obra de ampliação do sistema adutor apartir do Rio Arataca, cujos dados hidrológicos indicam a possibilidade deuma vazão de 1.000 l/s, valor bem superior ao retirado atualmente pelaCompesa, que é de 450 litros de água por segundo. Este projeto ainda não foi finalizado, mas já foi apresentada ao Ministério da Integração. Ambas alternativas servirão para ampliação da produção de água. Elas acarretarão melhorias no abastecimento da Zona Norte da Região Metropolitana.

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