PRESERVAÇÃO

Paulista muda sem esquecer o passado

Município recebe grandes empreendimentos que prometem mudar a cara da cidade, mas patrimônio histórico e cultural é preservado

Da editoria de Cidades
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Publicado em 19/05/2015 às 9:30
Foto: Paulista/Divulgação
Município recebe grandes empreendimentos que prometem mudar a cara da cidade, mas patrimônio histórico e cultural é preservado - FOTO: Foto: Paulista/Divulgação
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Paulista, no Grande Recife, vive um momento de expansão e crescimento econômico com a chegada de grandes empreendimentos que prometem modernizar a cidade de 320 mil habitantes. Apesar das mudanças, o patrimônio histórico e cultural, como as grandes chaminés tombadas pela Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe), é considerado a grande riqueza do município e faz parte do imaginário popular. Em um modelo que objetiva preservar e valorizar, o antigo e o novo vão conviver em harmonia, segundo garante a prefeitura.

Um dos símbolos da história da cidade é a Companhia de Tecidos Paulista, que pertenceu à família Lundgren e era referência da indústria têxtil no início do século 20. O negócio se expandiu para outras partes do Brasil e chegou a ter mais de 20 mil funcionários. Após a falência, os terrenos das fábricas ficaram abandonados. Hoje, quem ocupa os espaços são obras de um shopping center e de um grande residencial. A conservação das edificações antigas era uma das condições para a construção dos dois empreendimentos.



No Shopping North Way, em construção às margens da PE-15, no lugar da Fábrica Arthur, a antiga chaminé de 85 metros, o casario e um cruzeiro ganharam destaque no projeto arquitetônico do centro de compras, previsto para ser entregue em outubro. “Contratamos empresas especializadas para revitalizar os prédios. A chaminé estava com a parte de cima comprometida, então os funcionários remontaram e limparam a estrutura. Quanto à casa, vamos consertar os adornos quebrados e recuperar a coberta”, explica o engenheiro Luiz Sergio Barros Lima. 

Já na área da antiga Fábrica Aurora, no Centro, está sendo construído um condomínio com três mil apartamentos, edifício-garagem, dois empresariais e um centro de compras. Serão conservadas outras três chaminés de 75 metros de altura, a casa de caldeiras e a caixa d’água. Parte do muro será restaurado para ficar com os tijolos aparentes, como era na época. Parte das medidas compensatórias também inclui a reforma do Jardim do Coronel (também propriedade da família Lundgren). 

Para garantir que as próximas gerações apreciem e conservem a memória da cidade, a prefeitura intensificou o ensino da história de Paulista nas escolas públicas municipais. “Estamos tomando muito cuidado com a expansão e crescimento do município. Por exemplo, o condomínio na antiga Fábrica Aurora será liberado por lotes. Também vamos estimular os mais novos a conservar nossa riqueza”, declara o secretário de Desenvolvimento Urbano, João Luiz Silva. 

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