Transtornos, protestos e poucos ônibus circulando nas ruas. Essa foi a cena que se viu em toda a Região Metropolitana do Recife na manhã desta terça-feira (14), no primeiro dia de greve dos rodoviários. Os motoristas de ônibus, cobradores e fiscais decidiram deflagrar a greve após assembleia realizada na sexta-feira passada, quando a categoria rejeitou a proposta patronal de reajuste de 9,5% nos salários e de 27% no tíquete-alimentação. Cerca de 2 milhões de passageiros que utilizam diariamente o modal foram prejudicados pela paralisação.
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De acordo com o Grande Recife Consórcio de Transportes, das 5h às 9h, apenas 50,77% da frota circulou na RMR. Ainda segundo o Consórcio, até às 12h desta terça-feira um total de 11 veículos haviam sido depredados. Os coletivos tiveram os vidros quebrados por pedradas e pneus furados.
Com o objetivo de chamar a atenção da população, a categoria realizou uma série de mobilizações. Por volta das 9h, os trabalhadores decidiram estacionar os coletivos na Avenida Cruz Cabugá. Os ônibus foram enfileirados. Os passageiros precisaram descer e continuar o percurso a pé. Às 11h, o palco do protesto foi a Avenida Agamenon Magalhães, nas proximadades da Praça do Derby, na área central da capital pernambucana. A via ficou interditada por aproximadamente 1h. O sindicato da categoria, no entanto, negou que tivesse convocado as paralisações dos veículos nas vias. De acordo com a diretoria, a paralisação ocorreu por parte de um grupo de dissidentes.
Quem depende do transporte coletivo para se locomover enfrentou longa espera nas paradas de ônibus e Terminais Integrados. Usuários ouvidos pela reportagem do JC reclamaram da falta de coletivos circulando e do tempo de espera. Os pocuos coletivos circularam lotados.
NOVA MOBILIZAÇÃO - De acordo com o Sindicato dos Rodoviários, uma nova mobilização está marcada para a tarde desta terça. A categoria deve se reunir às 14h na sede do sindicato, no bairro de Santo Amaro, na área central do Recife, e de lá seguir em passeata pelas ruas da capital.