Rodoviários e policiais civis iniciaram por volta das 11h30 passeata pelas ruas do Centro do Recife, conforme haviam prometido desde ontem. Cerca de 300 pessoas se concentraram na Praça do Derby, passaram pela Avenida Conde da Boa Vista em direção ao Tribunal de Justiça e ao Palácio do Campo das Princesas, na Praça da República.
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Liderados pelos sindicatos das categorias, os manifestantes caminham sob palavras de ordem para o TJ, afim de reivindicar a liberação dos R$ 90 mil congelados da conta do Sinpol. A quantia teria sido bloqueada para garantir o pagando de prováveis danos causados pelas paralisações. "Faltam condições de trabalho e equipamentos de proteção. Várias delegacias estão fechando por conta precariedade", reclama o comissário da Polícia Civil Djair Leitão.
Ontem, motoristas e cobradores de ônibus realizaram uma manifestação, na Avenida Cruz Cabugá, no bairro de Santo Amaro, área central do Recife, para pedir o apoio da população para a greve da categoria, deflagrada hoje. Os manifestantes se reuniram em frente ao Armazém Coral com faixas e pedidos de desculpas à população pelos transtornos causados.
Os rodoviários rejeitaram em assembleia, sexta-feira passada, a proposta patronal de reajuste de 9,5% nos salários e de 27% no tíquete-alimentação. Atualmente, eles ganham, respectivamente, R$ 1.765, R$ 812 e R$ 1.141 e querem aumento de 12%. Caso tivessem aceitado o índice dos patrões, motoristas passariam a ganhar R$ 1.933, cobradores R$ 889 e fiscais R$ 1.250. O tíquete-alimentação hoje é de R$ 188. Os empresários de ônibus se dispõem a pagar R$ 220, mas os rodoviários querem R$ 300.
Uma audiência de conciliação entre rodoviários e empresários de ônibus teve início às 11h. Será a última tentativa de acordo antes que seja instaurado dissídio coletivo. Caso não haja entendimento, os desembargadores vão julgar a legalidade do movimento e as cláusulas econômicas da campanha salarial.
O Sindicato dos Policiais Civil de Pernambuco (Sinpol-PE) realizou nos últimos meses cinco paralisação para reivindicar melhores condições de trabalho, que os Peritos Papiloscopistas integrem o Quadro Técnico Policial e que o Governo do Estado realize a reposição inflacionária para o ano base de 2015. Além disso, eles pedem a modificação no Plano de Cargos, Carreiras e Vencimentos (PCCV). Eles pedem que o PCCV promova aumentos salariais por tempo, qualificação e faixa etária.
