Transporte

Ministro do TST diz que reajuste dos rodoviários é baseado na produtividade da classe

Aumento real é dado apenas se provado o crescimento de produtividade do setor

Do JC Online
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Publicado em 05/08/2015 às 11:20
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Aumento real é dado apenas se provado o crescimento de produtividade do setor - FOTO: Foto: divulgação
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O ministro do Tribunal Superior do Trabalho (TST), Ives Gandra Filho, responsável pela decisão de suspender o reajuste salarial e de tíquete dado aos rodoviários de Pernambuco, afirmou, na manhã desta quarta-feira (5), que a decisão é baseada na produtividade da classe. Gandra disse ainda que aumento real é dado apenas em casos excepcionais. O sindicato da categoria contou que entrou com recurso nessa segunda-feira (3) contra a decisão do TST de reduzir para 9% o reajuste de 12% nos salários e 59,57% no tíquete, dado pelo Tribunal Regional do Trabalho (TRT).

» Ouça a entrevista no site da Rádio Jornal

"A decisão foi tomada com base na jurisprudência do TST, que concede, sempre que há pedido, um reajuste um pouco abaixo da inflação. Ganho real só é concedido com base em dados concretos de crescimento de produtividade do setor", afirmou Ives Gandra Filho em entrevista à Rádio Jornal. O ministro afirmou que, apesar da suspensão, ainda será analisado o recurso do Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros no Estado de Pernambuco (Urbana-PE), para definir se há condições, do ponto de vista econômico, de ser dado aumento superior à inflação.

O ministro disse ainda que a possibilidade de conferir um aumento real na atual conjuntura econômica é mais improvável. "Já é um avanço repor toda a inflação, mas, no contexto atual, conseguir um ganho real já é mais difícil e depende de prova concreta", explicou Gandra, destacando que o tribunal irá analisar com bastante cuidado se o o setor cresceu do ponto de vista de produtividade.

Sobre a data do julgamento do discídio dos rodoviários de pernambuco o ministro afirmou que tentará adiantar para a próxima semana, já julgar e decidir se será dado ou não o aumento real, além da reposição da inflação.

PARALISAÇÃO - Rodoviários  cruzaram os braços na última segunda-feira (3) das 4h às 10h contra a decisão do TST. Uma outra paralisação estava prometida para esta quarta-feira (5), mas foi cancelada pelos organizadores em virtude do grande número de policiais nas saídas das garagens das empresas de ônibus e terminais integrados.

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