Solidariedade IV

Jovem casal constrói cisternas no Agreste de Pernambuco

A festa do Natal tem o dom de despertar o espírito de solidariedade entre as pessoas. E isso é bom. Mas tem gente que ajuda a quem precisa o ano inteiro. E isso é melhor ainda. Neste domingo (20) o Jornal do Commercio publica a história de cinco personagens que aprenderam a se colocar no lugar do outro, independentemente de datas festivas. Na quarta reportagem, conheça Raquel Flinker e Samuel Wyatt Wells, que construíram cisternas no Agreste pernambucano. Leia também as histórias de Albanita Aguiar, Graça Melo e Maria da Paz Azevedo

Cleide Alves
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Cleide Alves
Publicado em 20/12/2015 às 8:09
Foto: Bobby Fabisak/JC Imagem
A festa do Natal tem o dom de despertar o espírito de solidariedade entre as pessoas. E isso é bom. Mas tem gente que ajuda a quem precisa o ano inteiro. E isso é melhor ainda. Neste domingo (20) o Jornal do Commercio publica a história de cinco personagens que aprenderam a se colocar no lugar do outro, independentemente de datas festivas. Na quarta reportagem, conheça Raquel Flinker e Samuel Wyatt Wells, que construíram cisternas no Agreste pernambucano. Leia também as histórias de Albanita Aguiar, Graça Melo e Maria da Paz Azevedo - FOTO: Foto: Bobby Fabisak/JC Imagem
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A carioca Raquel Flinker e o norte-americano Samuel Wyatt Wells têm 29 anos, são namorados e costumam participar de projetos humanitários. Morador do Colorado (EUA), Samuel passou duas semanas no Haiti, em junho de 2015, instalando filtros de água, numa ação coordenada por uma ONG. Ao retornar, propôs a Raquel um trabalho voluntário no Brasil. Juntos, construíram cinco cisternas no Agreste pernambucano.

“Eu já tinha trabalhado com a ONG Habitat para a Humanidade em Nova Orleans, após a passagem do furação Katrina. Fiz contato com o pessoal, fiquei sabendo da construção das cisternas em Pernambuco e das dificuldades financeiras para levar a proposta adiante”, diz Raquel. Dispostos a colaborar, ela e Samuel criaram o projeto Água para Vida, arrecadaram mais de R$ 25 mil pelo crowdfunding (sistema de financiamento coletivo), pediram licença dos empregos, em empresa particular, e fizeram parceria com a Habitat.

A última cisterna ficou pronta na semana passada (meados de dezembro de 2015), beneficiando moradores da área rural de Riacho das Almas. “A Habitat selecionou famílias que ganham menos de um salário mínimo”, diz a engenheira ambiental Raquel. “A chuva na região é muito concentrada, de abril a julho. A seca piorou tudo e sem a cisterna, eles não teriam como armazenar água.”

“Qualquer um de nós poderia ter nascido ali. Por sorte, não nascemos. Mas se temos condições, é muito bom levar essa ajuda”, declara o casal. Ao todo, 115 pessoas do Brasil, EUA e de outros países contribuíram financeiramente com o projeto. 

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