JULGAMENTO

Policiais acusados de matar adolescentes serão julgados nesta terça

As vítimas teriam sido obrigadas a atravessar nadando o Rio Capibaribe durante o Carnaval de 2006

Do JC Online
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Publicado em 11/04/2016 às 16:12
Foto: Renato Spencer/Acervo JC Image
As vítimas teriam sido obrigadas a atravessar nadando o Rio Capibaribe durante o Carnaval de 2006 - FOTO: Foto: Renato Spencer/Acervo JC Image
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Três policiais militares acusados de torturar 12 adolescentes e matar outros dois durante o Carnaval de 2006, no bairro dos Coelhos, área central do Recife, serão julgados nesta terça-feira (12) na 1ª Vara do Tribunal do Júri da Capital, no Fórum Desembargador Rodolfo Aureliano, na Ilha Joana Bezerra. Os policiais Edvaldo Coelho Pereira Magalhães, Thiago Jackson Araújo e Weldes Felipe de Barros Silva são acusados de dois homicídios consumados e 12 tentativas de homicídio.

De acordo com a denúncia, em 28 de fevereiro de 2006, os policiais teriam obrigado 14 adolescentes a atravessarem a nado o Rio Capibaribe, ameaçados com revólver, a partir da Ponte Joaquim Cardoso, no bairro dos Coelhos. Por não saberem nadar, os adolescentes Diogo Rosendo Pereira e Zinael José da Silva morreram afogados.

No julgamento, serão ouvidas as testemunhas Obernan Alberto de Santana; Douglas de Lima Silva; Marcos Vinícius de Souza Pereira; Alessandro Pereira de Carvalho; Emerson Pereira de Carvalho; Tiago Severino da Silva dos Santos; José Cláudio da Silva Ferreira; Antônio Fernando Santos Gonçalves; Ediclelton Marques da Silva; Olbert Ferreira da Silva; e Arquimedes Ferreira da Silva.

O primeiro julgamento do caso aconteceu em 20 de maio de 2015. A Justiça condenou os policiais Aldenes Carneiro da Silva, José Marcondi Evangelista e Ulisses Francisco da Silva, cada um, a 96 anos de prisão. Na ocasião, o policial Irandi Antônio da Silva foi absolvido. O tenente Sebastião Antônio Felix, oficial acusado de comandar o grupo de policiais militares que teria obrigado os adolescentes a pular no Rio Capibaribe, foi condenado a 150 anos e seis meses de prisão, em 14 de julho de 2015. Todos recorreram da sentença e respondem ao processo em liberdade.


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