O pé torto congênito é uma má-formação que atinge um a cada mil recém-nascidos. Geralmente, o bebê nasce com os pés invertidos e virados para dentro, o que pode dificultar o pleno desenvolvimento motor da criança no futuro. O pernambucano Pedro Augusto de Freitas Pereira, de apenas três meses, nasceu assim. Para corrigir o problema mais rapidamente, o bebê precisa ir à São Paulo realizar uma cirurgia no valor de R$ 8.500,00. Os pais, a auxiliar administrativa Julyana de Freitas e o técnico de rede Philipe Pereira, sem condições financeiras de bancar o procedimento, apostam na solidariedade e, desde a última quarta-feira (13), iniciaram uma campanha para arrecadar o valor do tratamento.
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O problema de Pedro só foi descoberto no momento do nascimento. Desde o vigésimo dia de vida, o bebê recebe tratamento ortopédico no Hospital Getúlio Vargas. Semanalmente, Pedro precisa ter suas pernas engessadas para corrigir o posicionamento dos pés para, mais tarde, poder utilizar as botas ortopédicas. Porém, o engessamento que deveria durar oito semanas se encaminha para a décima segunda.
Foi tentando encontrar uma solução mais rápida para o problema do filho que Julyana achou, no Facebook, o grupo “Mães de Pé Torto”. O grupo reúne mães de todo país com filhos na mesma situação de Pedro. Lá, elas convivem como parceiras umas das outras. Dão apoio, dicas e trocam experiências sobre a evolução dos filhos. Foi por meio da rede social que ela soube da existência de um tratamento em São Paulo, com uma cirurgiã especialista no caso dos bebês de pés tortos. O tratamento consiste, além do engessamento, em um procedimento cirúrgico para correção do posicionamento dos pés, o que garante que as crianças consigam utilizar a bota ortopédica mais rapidamente.
“Se não fossem as redes sociais eu não tinha chegado até essa possibilidade da cirurgia, que abrevia em muito tempo o tratamento dele. Foi muito importante para nós”, avalia Julyana.
Apesar da possibilidade, Julyana e Philipe esbarraram no custo do tratamento. A despesa somente com a cirurgia é de R$ 8.500,00, quatro vezes mais o que o casal recebe mensalmente para manter uma casa humilde no Conjunto Dom Helder Câmara, no bairro do Janga, em Paulista. Além da cirurgia, há custos para hospedagem, alimentação e transporte, já que Pedro terá que ser acompanhado durante 1 mês na capital paulista.
A ideia da campanha para doações surgiu após o presidente do Sindicato Sindicato dos Empregados do Comércio do Litoral Norte (Sindecom), Fábio Porto, se sensibilizar com a história de Pedro. Filiados, Julyana e Philipe estavam dando entrada na documentação do casamento coletivo promovido pela instituição quando o representante soube do que se passava com a criança. Ele resolveu ajudar na divulgação da história.
"Nosso papel como sindicato é de também colaborar com a saúde de nossos associados e dependentes. Queremos sensibilizar a população a ajudar esta família, que não tem condições de arcar com as despesas do tratamento do filho", afirma o presidente do Sindecom.
Desde a quarta-feira (13), uma corrente vem sendo montada para mobilizar pessoas através do WhatsaApp e Facebook com o objetivo de arrecadar, ao menos, o valor da cirurgia.
"O que queremos é ver Pedro progredindo como todas as outras crianças, no tempo que é para acontecer. Espero que Deus comova as pessoas para que eu consiga ir logo com ele e trazê-lo de volta para casa recuperado. Estamos contando com a ajuda de todos", pede Julyana, esperançosa.
Para ajudar o pequeno Pedro, as doações podem ser feitas por depósito bancário em nome da mãe da criança, Julyana de Freitas. (Conta-poupança da Caixa Ecônomica Federal nº 125707-0 | Agência 1028 | Operação 013)