Defensores do Uber e de outras plataformas de transporte privado estão sendo convidados a assinar uma petição online pela legalização do serviço, no Recife. O objetivo da campanha – criada no endereço https://secure.avaaz.org/po/petition/Uber_T81_e_afins_no_Recife/?wh=368982 – é coletar mil assinaturas para serem encaminhadas ao prefeito do Recife, Geraldo Julio, ao secretário de Mobilidade e Controle Urbano, João Braga, ao presidente da Câmara de Vereadores, Vicente André Gomes, e ao procurador-geral do Ministério Público de Pernambuco (MPPE), Carlos Augusto Arruda.
Leia Também
Até as 18h30 desta terça, mais de 230 pessoas já assinaram. No documento em circulação, os criadores defendem a livre concorrência e alegam que desde o dia 3 de março o Uber e, depois o T81, trouxeram redução de custos de até 40% aos passageiros. E destacam o atendimento diferenciado e qualidade dos veículos. Pedem, ainda, o fim da violência envolvendo motoristas do Uber e taxistas. Também há, na rede, documento para as vítimas registrarem os casos de agressão.
O presidente do Sindicato dos Taxistas de Pernambuco, Everaldo Menezes, salienta que o serviço é ilegal e vem tirando renda dos trabalhadores cadastrados, que atendem a todas as exigências do município. “Mas nada justifica uma reação agressiva de nenhum dos lados”, diz. Ele lembra que, cumprindo legislação federal, os taxistas estão pagando (entre R$ 100 e R$ 150) para fazer um curso de qualificação. “Não posso cobrir o sol com a peneira, existem falhas e estamos tentando mudar isso”.
O sindicalista não questiona a decisão do MPPE de solicitar a cassação do termo de permissão de taxistas que agridam motoristas do Uber. “Não aprovo nenhuma violência e não defendo quem está errado. Mas tem que se provar o que aconteceu, muitas vezes as coisas não são como se diz”, declara. “Temos vários casos de motoristas do Uber que provocam os taxistas”.
Pelo menos dois casos de agressões verbais e um de agressão física por parte de taxistas foram relatados em redes sociais, no último feriadão. Um estudante de direito registrou queixa de agressão ao ser confundido com um motorista do Uber porque usava roupa social e dirigia um carro escuro.
