Após as denúncias de agressões por parte de taxistas a motoristas e passageiros do Uber, usuários do aplicativo, alegando negligência das autoridades no tratamento dos casos, resolveram criar, nesta segunda-feira (26), um documento público para compartilhar as denúncias. De acordo com as pessoas que fazem os relatos, nada foi feito pelas autoridades mesmo após a realização de denúncias formais dos casos de violência.
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A criação desse documento na plataforma virtual Google Docs foi feita um dia depois de o estudante Thiago Magalhães, de 21 anos, denunciar que foi agredido por três taxistas, que o confundiram com um motorista do Uber. A agressão teria acontecido na tarde desse domingo (24), no bairro da Torre, na Zona Oeste do Recife.
Thiago saía de casa, por volta das 14h40, para ir a uma reunião, quando um táxi bateu na lateral direita do carro dele. "Parei a uns 20 metros para ver o que tinha acontecido e desci para falar com ele (o motorista), achando ainda que era colisão de trânsito normal", contou. "Ele já veio me agredindo. Deu um soco, mas consegui desviar. Depois acertou meu rosto e eu bati nele também. Até então era uma briga entre duas pessoas, quando mais dois taxistas chegaram". O jovem registrou uma denúncia crime no Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), na manhã desta segunda-feira.
No documento criado também nesta segunda, podem ser anexadas denúncias realizadas em qualquer instituição, dentre elas o Ministério Público, Prefeitura do Recife, Companhia de Trânsito e Transporte Urbano (CTTU) e polícias. Essas denúncias devem ser feitas para solicitar a investigação dos casos e punição dos suspeitos.
O idealizador do documento, que preferiu não ser identificado, informa que os relatos compartilhados pelos internautas também serão encaminhadas às cooperativas de táxis e aplicativos de localização desses veículos, para que estas também investiguem e punam os supostos agressores.
Ainda de acordo com o autor do doc, a gerente regional do serviço 99 Táxis, Catharine Omena, entrou em contato com ele e disse ser contra a violência praticada por taxistas contra os motoristas do Uber.
É possível incluir no documento dados como a data, hora e local do ocorrido, tipo de violência, e, quando possível, a placa do táxi, o nome do taxista e links de mídias que mostrem a ocorrência.
A Uber chegou no Recife no dia 3 de março, a primeira capital do Nordeste a receber o serviço. Os taxistas são contra o aplicativo porque não possui regulamentação e por acreditarem que a concorrência com o serviço de carona remunerada está trazendo prejuízos financeiros para categoria.
Clique AQUI e confira o documento.
