CIDADANIA

Compaz completa seis meses com a marca de 40 mil beneficiados

Centro realiza o evento Compaz de Braços Abertos em comemoração ao sexto mês de funcionamento

Talita Barbosa
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Talita Barbosa
Publicado em 14/09/2016 às 6:08
Diego Nigro/JC Imagem
Centro realiza o evento Compaz de Braços Abertos em comemoração ao sexto mês de funcionamento - FOTO: Diego Nigro/JC Imagem
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Há seis meses, cerca de 40 mil pessoas, de 17 bairros da Zona Norte do Recife, conquistaram o acesso gratuito a atividades esportivas, práticas culturais e de cidadania, com a inauguração do Centro Comunitário da Paz (Compaz) Eduardo Campos, no Alto Santa Terezinha. Para comemorar o primeiro semestre de abertura, o Centro promove, até sexta-feira (19), o evento Compaz de braços abertos.

A programação conta com oficinas de artes marciais, dança e música, torneios esportivos e palestras. Entre elas, ciclos de conversa sobre sexualidade com a educadora sexual Julieta Jacob, abordando a temática na faixa etária de 9 a 17 anos. O Compaz atingiu a expectativa de inscritos estipulada para o semestre já no terceiro mês de funcionamento. Hoje, são seis mil participantes nas 25 atividades esportivas e sete tipos de serviços oferecidos: Procon, Mediação de Conflitos - mulher, família, vizinho, Mediação consumerista, Cras, Sala do Empreendedor, Compaz Sem Fronteiras – cursos de línguas e atendimento psicológico.

A promessa agora é ampliar o número de atividades e as ações de incentivo ao empreendedorismo e cursos profissionalizantes, segundo o secretário-executivo de Segurança Urbana do Recife, Eduardo Machado. “Tudo o que a classe média paga caro para ter nós oferecemos de graça, com qualidade igual ou superior. Aqui não tem puxadinho, mas sim uma estrutura de primeiro mundo, com capacidade para comportar ainda mais atividades, que envolvam a população como um todo”, afirma.

A estrutura é única no Estado: biblioteca digital, pátio de serviços com assistência social, praça para eventos, dojô de artes marciais e oficinas de circo para crianças com dificuldade física ou motora. Para garantir a manutenção, a prefeitura firmou parcerias com ONGs, instituições públicas e privadas. 

A dona de casa Mariza Monteiro acredita que um dos maiores méritos do Compaz é a democratização do acesso ao esporte e à dança para crianças e adolescentes que, por falta de dinheiro, não teriam a oportunidade. O balé, por exemplo, as filhas de Mariza conheciam apenas pela televisão. Hoje frequentam as aulas e sonham ser bailarina. Mãe de quatro filhos, Mariza se refere ao Centro como um ponto de curva na realidade dos moradores locais. 

“Quando eu poderia imaginar que minhas filhas poderiam dançar balé? Nunca. Eu jamais ia tirar dinheiro pra isso, não sei nem onde tem aula aqui na cidade”, afirma ela, que participa das aulas de educação física também oferecidas no local.

O segundo Compaz, que vai se chamar Ariano Suassuna, será inaugurado em novembro, segundo o secretário. A estrutura fica no bairro do Cordeiro, Zona Oeste do Recife, onde funcionava o Clube dos Funcionários da Chesf. As obras terminam ainda este mês. Após o período de ajustes e montagem da equipe e do mobiliário, o equipamento deve beneficiar cerca de 150 mil moradores de, pelo menos, cinco bairros.

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