Escolhida pela prefeitura para ser um boulevard no Bairro do Recife, a Avenida Rio Branco está fechada ao tráfego de veículos motorizados desde fevereiro de 2014. Mas só agora terá início a implantação do passeio público prometido para os pedestres com novo piso, bancos, ajardinamento, quiosques e fiação embutida. A obra começa na próxima semana e o prazo de execução é de nove meses, até julho de 2017.
Nesse período, a Rio Branco vai ser totalmente reformada, do Cais do Apolo até a Avenida Alfredo Lisboa. O piso da via será elevado à altura da calçada e terá o mesmo revestimento da Praça do Marco Zero. A calçada, de pedra mineira desenhada, será mantida e restaurada. Está prevista a instalação de oito quiosques de alimentação e 16 bancos para descanso e contemplação da paisagem.
A ordem de serviço autorizando a obra foi assinada nesta terça-feira (11), em solenidade no auditório do Centro de Artesanato de Pernambuco, no Bairro do Recife. Idealizado pela prefeitura, o boulevard do Bairro do Recife será implantado pela Secretaria de Turismo, Esportes e Lazer do Estado, com recursos do Programa de Desenvolvimento do Turismo (Prodetur), no valor de R$ 4,5 milhões, financiado pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).
Durante o evento, o secretário de Turismo de Pernambuco, Felipe Carreras, disse que a Companhia Energética de Pernambuco (Celpe) deverá custear o serviço para embutir a fiação aérea, orçado em R$ 1,2 milhão. “As obras serão executadas paralelamente”, informou. Segundo ele, não haverá necessidade de interditar a Avenida Rio Branco de uma ponta a outra no decorrer do serviço, previsto para ser feito em três etapas.
Leia Também
“Vamos dividir a avenida em três lotes e começaremos pelo trecho próximo ao Cais do Apolo”, informou a secretária-executiva do Prodetur, Manoela Marinho. Quando a primeira etapa ficar pronta, a área será liberada ao público e assim sucessivamente. O serviço ficará suspenso durante o Carnaval, acrescentou Carreras. Uma grelha de drenagem ficará entre a calçada e o novo piso da rua.
O tráfego de veículos no sentido transversal está mantido, informou Manoela. Podem cruzar a Rio Branco motoristas que trafegam pela Rua do Bom Jesus, Rua Dona Maria César para acessar a Rua da Guia e Rua Mariz e Barros para chegar à Rua do Apolo. Nos três cruzamentos e na Avenida Alfredo Lisboa a proposta é forçar a redução de velocidade com diferenciação de material e do nível da rua, explicou Felipe Carreras.
“Com a nova paisagem, a Rio Branco estará mais atrativa para o lazer e o entretenimento”, afirmou o governador de Pernambuco, Paulo Câmara, durante a solenidade. Para o secretário de Planejamento Urbano do Recife, Antônio Alexandre, o boulevard é um espaço de convivência que ajudará a resgatar a história da cidade e funcionará como indutor de atividades econômicas e de recuperação de espaços públicos.
CICLOVIA
Na mesma ocasião, Felipe Carreras antecipou o lançamento do Plano Diretor Cicloviário do Estado. Segundo ele, a ordem de serviço autorizando a implantação do primeiro trecho da Ciclovia Turística do Marco Zero do Recife até Igarassu será assinada na próxima semana.
Com cinco quilômetros de extensão, a etapa inicial da ciclovia vai da Praça do Marco Zero até a Fábrica Tacaruna, em Olinda. A obra, prevista para ser executada em seis meses, custa R$ 2,5 milhões. Quando estiver completa, a faixa exclusiva de bicicleta terá 29 quilômetros, ligando o Centro do Recife ao município de Igarassu, na Região Metropolitana.
De acordo com Felipe Carreras, a ciclovia e o boulevard se somam a outras iniciativas no Bairro do Recife, como as placas de sinalização turísticas, a futura iluminação cênica de pontes (começando pela Buarque de Macedo) e do Parque de Esculturas dos arrecifes do Porto, além da construção já autorizada do segundo módulo do Museu Cais do Sertão.
Ele também disse que está sendo concluído o estudo de viabilidade do projeto que pretende tirar do anonimato o Forte do Buraco, edificação do século 17 no istmo que ligava o Recife a Olinda. A proposta contempla píer e ciclovia na Praia Del Chifre, em Olinda, com recursos do Prodetur.
