Mobilização

Greve dos policiais civis: só flagrantes e serviços essenciais

Categoria quer implantação de um novo Plano de Cargos, Carreiras e Vencimentos

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Publicado em 21/10/2016 às 6:35
Acervo JC
Categoria quer implantação de um novo Plano de Cargos, Carreiras e Vencimentos - FOTO: Acervo JC
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O já precário atendimento das delegacias e dos Institutos de Medicina Legal (IML) do Estado está ainda mais comprometido a partir de hoje. Com a decretação da greve dos policias civis, apenas os serviços de plantão vão funcionar. Os IMLs manterão 30% de suas atividades e, segundo o sindicato da categoria, apenas com material de proteção individual para os trabalhadores. Boletins de ocorrência, investigações e emissão de carteira de identidade só após o final do movimento.

No fim da noite da quinta-feira (20), a justiça havia decretado ilegal a greve os policiais civis. No entanto, o Sinsicato dos Policiais Civis (Sinpol) afirmara que o movimento estava mantido. Uma nova rodada de negociação entre categoria e Governo está marcada para a manhã desta sexta. Às 17h, haverá uma nova assembleia, na qual os policiais decidirão se aceitarão ou não a nova proposta do Governo.

A principal reivindicação da categoria é a implantação de um novo Plano de Cargos, Carreiras e Vencimento (PCCV). “Estamos lutando também por melhorias no atendimento à população. Cerca de 85% das denúncias não são investigadas por falta de efetivo. Ninguém aguenta mais tanta violência”, afirma o presidente do Sinpol, Áureo Cisneiros. “O governo assinou acordo com a gente. Prometeu fazer melhorias e implantar nosso plano de cargos, mas não cumpriu”.

Congestionamentos

A greve dos policiais civis foi decretada, no início da tarde, após uma passeata que gerou grandes congestionamentos em ruas do Centro. A assembleia aconteceu em plena Ponte Princesa Isabel, bem próximo ao Palácio do Governo. No início do movimento, pela manhã, a diretoria foi chamada para uma reunião na Secretaria de Administração, com o gestor da pasta, Milton Coelho, e o secretário de Defesa Social (SDS), Angelo Fernandes Gioia. “Não propuseram nada de concreto”, diz Áureo.

Há quase dois anos os policiais mantêm uma queda de braço com o governo pela reformulação do PCCV e melhores condições de trabalho. Em dezembro, a categoria ameaçou cruzar os braços no Carnaval e fechou negociação para, entre outras coisas, o Estado implementar o novo plano. Fato que se repetiu em fevereiro. A categoria alega ter o pior salário do País, R$ 3,2 mil. E promete repetir atos como o que foi realizado no dia 13 passado, quando fincaram centenas de cruzes no Marco Zero, no Bairro do Recife, simbolizando os 3.150 homicídios registrados até setembro 344 a mais do que em 2015.


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