Acatando pedido do governador Paulo Câmara, o presidente da República, Michel Temer, determinou a prorrogação do trabalho de Garantia da Lei e da Ordem que as Forças Armadas estão realizando em Pernambuco. De acordo com a assessoria do ministro da Defesa, Raul Jungmann, o convênio que se extinguiria ontem segue até o dia 3 de janeiro.
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O número do efetivo de apoio, contudo, ainda não está definido. Conforme a assessoria, o governo federal analisa a possibilidade do envio de contingente da Força de Segurança Nacional para Pernambuco, a fim de ajudar na tarefa de policiamento do Estado, uma vez que os policiais militares mantêm uma operação-padrão e abriram mão do Programa de Jornada Extra de Segurança. Até ontem, o efetivo era de 3,5 mil homens ao custo de R$ 2,3 milhões.
TUMULTO
Ontem, a Guarda Municipal do Recife (GMR) revelou que o tumulto provocado por galeras rivais em alguns pontos do Centro do Recife, na noite de domingo, já era de conhecimento do órgão e foi marcado pelas redes sociais. Conforme o comandante da guarda, Marcílio Domingos, os jovens, de 13 a 16 anos, estão sendo monitorados pelo serviço de inteligência, que teria evitado um problema maior. Nenhum dos mais de 200 abordados foi apreendido.
“Eles marcam encontro para brigar. São jovens do Ibura (no Recife), Cidade Tabajara, Rio Doce (Olinda) e Jardim Paulista (Paulista). No domingo, a guarda conseguiu interceptá-los antes de chegarem ao Bairro do Recife, próximo ao Palácio do Governo e na Ponte Giratória. Não pudemos deter ninguém porque não fizeram nada, apenas soltaram alguns rojões. Mas pegamos nome e endereço de todos. Vamos concluir o levantamento e encaminhar para a Polícia Civil tomar providências”, afirma Marcílio Domingos.
Os guardas municipais contaram com o apoio do Exército para abordar os menores, que foram enfileirados para revista e liberados aos poucos.
Notícias de arrastões se tornaram comuns no Bairro do Recife. No domingo, também houve reclamação de confusões na Avenida Conde da Boa Vista (bairro da Boa Vista) e na Praça da República (Santo Antônio). Internautas relataram que um grupo entrou numa lanchonete e obrigou alguns clientes a tirar a camisa de times de futebol. A Polícia Civil, contudo, diz não ter havido nenhum registro de ocorrência.