O Comitê Estadual de Prevenção aos Acidentes de Moto (Cepam) ainda não tem um levantamento específico de ocorrências com cinquentinhas. Mas acredita que a regulamentação, junto com a Operação Lei Seca, tenha contribuído para a redução dos acidentes sobre duas rodas. Apesar de a fiscalização cobrando emplacamento e habilitação só ter começado a valer em 1º de novembro do ano passado, desde julho de 2015 as apreensões eram feitas.
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Entre 2015 e 2016, houve uma queda de 35% nos acidentes com motocicletas na Região Metropolitana do Recife, saindo de 1.718 ocorrências para 1.117. Na capital, a redução foi de 24,5% (de 1.065 para 805) e no Estado como um todo, de apenas 5% (de 26.637 para 25.342), segundo a entidade.
SEM HABILITAÇÃO
“A restrição de pessoas não habilitadas nas ruas certamente ajudou nessa redução, mas os números não são tão bons no interior, sobretudo em cidades do Sertão, porque lá a fiscalização não é tão eficiente e muitos trocaram o transporte animal por cinquentinhas”, avalia o médico Hélio Calábria, coordenador de educação do Cepam. “Os municípios também precisam colaborar na redução de acidentes e de mortes, assumindo a gestão do trânsito, como fez Caruaru”.
A maior redução foi em Vitória do Santo Antão, na Zona da Mata, com 2.314 ocorrências em 2015 e 1.502 (-54%) em 2016. Em Petrolina, no Sertão, os acidentes caíram de 4.020 para 2.438 (40%). Em Salgueiro, saiu de 975 para 631 (35%). No Grande Recife, o Cabo de Santo Agostinho teve queda de 313 para 282 (10%). Já em Jaboatão dos Guararapes houve um aumento de 296 para 327 (10%) e em Olinda subiu de 246 para 308 (25%).