Sertão

Famílias Sem Terra ocupam prédios da Codevasf, em Petrolina

Mais de 600 famílias Sem Terra protestam para que parte da área do Projeto Pontal, na Zona Rural de Petrolina, seja transformada em um assentamento.

JC Online
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Publicado em 04/09/2017 às 13:23
Foto: Marco Aurélio/Rádio Jornal Petrolina
Mais de 600 famílias Sem Terra protestam para que parte da área do Projeto Pontal, na Zona Rural de Petrolina, seja transformada em um assentamento. - FOTO: Foto: Marco Aurélio/Rádio Jornal Petrolina
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Mais de 600 famílias Sem Terra ocupam nesta segunda-feira (4) os prédios da Companhia de Desenvolvimento do Vale do São Francisco (Codevasf), em Petrolina, no Sertão do Estado. A ocupação é majoritariamente composta por trabalhadores da agricultura familiar, oriundos de acampamentos na área do Projeto Pontal, perímetro irrigado localizado na zona rural do município, na margem esquerda do Rio São Francisco, pertencente à União e administrado pela Codevasf. Eles protestam para que que a companhia suspenda a reintegração de posse e garanta que parte da área do Pontal seja transformada em um assentamento.

Em entrevista à Rádio Jornal, Florivaldo, representante do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), afirmou que as famílias só vão desocupar os prédios quando o ministro da Integração cumpra o que prometeu em Brasília. "Foi garantido que 1.500 hectares do Pontal iria para os trabalhadores, mas agora querem entregar a área para uma empresa". Ao todo, o Pontal possui uma área total irrigável de 7.717 hectares e o governo já construiu uma parcela significativa para a infraestrutura e operação do sistema comum de irrigação.

A presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Agricultura Familiar Regional (Sintraf), Isália Damasceno, reiterou à Rádio Jornal que o motivo da ocupação é que os políticos e a Codevasf querem tirar os agricultores da área do Pontal. "O Pontal hoje está produzindo com a mão de obra da agricultura familiar, mas estão querendo tirar os trabalhadores que estão ali para tirar o seu sustento. Disseram que iam reverter a reintegração de posse e depois deram para trás", afirmou, enfatizando que as famílias só vão desocupar os prédios quando houver uma negociação com o superintendente da companhia e com o ministro da Integração.

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