Ciclo Natalino

Queima da Lapinha encerra ciclo natalino no Recife

Celebrada no Dia de Reis, 6 de janeiro, a Queima da Lapinha é um rito de passagem para o ciclo carnavalesco

Da Editoria Cidades
Cadastrado por
Da Editoria Cidades
Publicado em 06/01/2018 às 16:29
Foto: Andréa Rego Barros/Arquivo PCR
Celebrada no Dia de Reis, 6 de janeiro, a Queima da Lapinha é um rito de passagem para o ciclo carnavalesco - FOTO: Foto: Andréa Rego Barros/Arquivo PCR
Leitura:

O ciclo natalino termina neste sábado, 6 de janeiro, Dia de Reis, com a Queima da Lapinha, festa de origem europeia que abre alas para o Carnaval. No Recife, a programação começa às 18h com um cortejo que sai do Pátio do Carmo, no Centro, em direção ao Pátio de São Pedro, a poucos metros de distância. Doze pastoris acompanhados por Mendes e sua Orquestra e o grupo de Cavalo Marinho Boi Coroado se apresentarão no local.

Todos os brincantes se concentrarão no Pátio do Carmo, dando início à manifestação religiosa. Às 18h30, seguem para o Pátio de São Pedro, cantando as jornadas e conduzindo a lapinha com a imagem do Menino Jesus. Antes de atearem fogo à lapinha, a imagem é retirada e entregue de presente um homenageado. A festa é organizada pela Secretaria de Cultura e Fundação de Cultura Cidade do Recife.

Participam do cortejo os pastoris Aurora Boreal, Idosos Estrela Dalva, Estrela Brilhante, Estrela do Mar, Estrela Guia do Recife, Giselly Andrade, Infanto Juvenil UR-3Ibura, Lindas Ciganas, Menino Jesus da Vovó Bibia, Sonho de Um Adolescente, Tia Marisa e Tia Nininha 3º Idade. A Queima da Lapinha é uma manifestação religiosa do século 19 e que foi trazida pelos jesuítas para o Brasil.

“A lapinha é onde nasceu o Menino Jesus, nela são colocadas ervas e incensos, formando um andor que seguirá em procissão para o local onde acontecerá a queima”, explica a historiadora Carmem Lélis, pesquisadora e assessora técnica da Secretaria de Cultura do Recife.

Ao fim do cortejo, diz ela, é montada uma grande fogueira para se queimar o andor, juntamente com as ervas e os bilhetes escritos em folhas de papel que muitas pessoas depositam na lapinha com pedidos para o ano que se inicia. “Depois da queima da lapinha, passa-se a dançar e cantar frevo, anunciando a chegada do período carnavalesco”, afirma.

Para Ana Farias de Andrade, integrante do Pastoril Giselly Andrade, de Água Fria, bairro da Zona Norte do Recife, eventos como esse reforçam uma tradição folclórica tipicamente nordestina. “A queima da lapinha fecha o ciclo do Natal e lembra os Reis Magos. O incenso, a palha na manjedoura, tudo é referência ao que eles levaram para o Menino Jesus”, afirma.

Olinda

Em Olinda, a procissão tem início às 18h, saindo da casa da Mestra Ana Lúcia do Côco, no Amaro Branco, em direção à Praça do Carmo, no Sítio Histórico, onde haverá apresentação do Pastoril Estrela de Belém. A Queima da Lapinha está marcada para as 19h. No fim do ritual, o cortejo volta para o bairro de Amaro Branco. Agora em ritmo de Carnaval.

Últimas notícias