INVESTIGAÇÃO

'Boneca Momo': Polícia alerta sobre desafios no Whatsapp

'Boneca Momo' desafia crianças e adolescentes a ficarem enforcadas o máximo de tempo que conseguirem. Menino de nove anos pode ter sido vítima no Recife

JC Online
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Publicado em 22/08/2018 às 15:49
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'Boneca Momo' desafia crianças e adolescentes a ficarem enforcadas o máximo de tempo que conseguirem. Menino de nove anos pode ter sido vítima no Recife - FOTO: Foto: Reprodução
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Mais um desafio na internet pode ter levado um garoto de nove anos à morte, no bairro do Cordeiro, na Zona Oeste do Recife. O desafio da Boneca Momo, no aplicativo Whatsapp, faz referência a figura de uma boneca que remete à uma lenda do Japão. A 'Momo' desafia crianças e adolescentes a ficarem enforcadas o máximo de tempo que conseguirem.

De acordo com a Polícia Federal (PF), o perfil no Whatsapp entra em contato com as pessoas utilizando uma foto perturbadora propondo desafios, ameaças e espalhando conteúdos de ódio. Embora o perfil original não exista mais, há pessoas se aproveitando e dando continuidade às ameaças.

RELEMBRE O CASO

Arthur Luis Barros dos Santos, de nove anos, foi encontrado desacordado pela mãe no dia 15 de agosto, no quintal de casa, amarrado a uma árvore por um fio de náilon enrolado no pescoço. "Fiz manobra e respiração boca a boca. Ele começou a vomitar o jantar e os vizinhos que estavam jogando dominó na calçada correram e socorreram ele com o pai", conta a mãe e professora Jane Nascimento.

A criança morreu 16 horas após ser encaminhado para uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) dos Torrões. Ele chegou a ser transferido para um hospital particular na Ilha do Leite, na área central do Recife, mas não resistiu.

A mãe acredita que ele foi vítima do desafio da Boneca Momo. "Esses desafios de internet levaram meu filho de nove anos. É muita dor", lamenta.

INVESTIGAÇÃO

A PF explica a dinâmica do desafio. "No Facebook, crianças e adolescentes publicam onde estudam, onde os pais trabalham e informações da rotina. Através disso que o perfil se informa e vai atrás dessas crianças com 'informações privilegiadas'", explica Giovani Santoro, assessor da PF.

PREVENÇÃO

Especialistas indicam que os pais devem conversar e instruir as crianças e adolescentes sobre o uso do celular. "Com o diálogo, vai ser possível estabelecer regras que são muito importantes para agir de forma preventiva a qualquer situação que possa colocar em risco o estado físico e emocional do indivíduo", esclarece a psicóloga Maeli Ramos.

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