Patrimônio

Casa 28 em Olinda e Igreja de São Pedro serão restauradas

A recuperação da Casa 28, na Rua do Amparo, será feita pela Prefeitura de Olinda. A obra na Igreja de São Pedro dos Clérigos, no Recife, é do Iphan

Cleide Alves
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Cleide Alves
Publicado em 25/10/2018 às 7:07
Foto: Bobby Fabisak/JC Imagem
A recuperação da Casa 28, na Rua do Amparo, será feita pela Prefeitura de Olinda. A obra na Igreja de São Pedro dos Clérigos, no Recife, é do Iphan - FOTO: Foto: Bobby Fabisak/JC Imagem
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Duas novas obras de restauração do patrimônio histórico pernambucano foram anunciadas na tarde dessa quarta-feira (24/10) durante a solenidade de reabertura da Igreja do Bonfim, na Cidade Alta de Olinda. Uma delas é a recuperação artística da Igreja de São Pedro dos Clérigos, no Centro do Recife, incluindo o douramento da capela-mor. A outra contempla o sobrado mourisco da Rua do Amparo, número 28, uma das primeiras casas com tombamento federal em Olinda.

O edital no valor de R$ 5,5 milhões, para licitação dos serviços da Igreja de São Pedro, está publicado no Diário Oficial de ontem (24/10), informa a superintendente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan-PE), Renata Borba. “O projeto foi contratado pela Arquidiocese de Olinda e Recife e o Iphan fará a obra”, diz ela. “Vamos manter a originalidade do douramento nos altares e laterais e aplicar o dourado nas partes de alto relevo da capela-mor”, informa.

Em Olinda, a intervenção na Casa 28, tombada pelo Iphan em 1939, é mais simples e vai custar R$ 70 mil ao município. A obra começa na próxima semana e prevê a recuperação da coberta, troca de telhas, restauração do balcão mourisco na fachada e da cantaria (pedra), além de melhorias nas instalações elétrica e hidráulica, afirma o arquiteto da Secretaria de Patrimônio de Olinda, Clodomir Barros Pereira Júnior.

Segundo ele, o trabalho terá 60 dias de duração. “Pretendemos reabrir a casa em dezembro, na Semana de Preservação do Município.” O sobrado, hoje fechado, abrigará a sede do Conselho de Preservação dos Sítios Históricos, do Conselho de Cultura e da Casa dos Povos de Língua Portuguesa.

Dom Fernando Saburido, arcebispo de Olinda e Recife, aproveitou a festa de reabertura da Igreja do Bonfim para dizer aos católicos que vai transferir a sede da Paróquia de São Pedro Mártir de Verona (interditada por problemas na coberta), na Cidade Alta, para o templo restaurado. “Celebrarei uma missa para oficializar a transferência”, avisa.

A data da missa não está marcada porque falta concluir a obra de restauração do douramento da capela-mor do Bonfim. De acordo com a Secretaria de Patrimônio de Olinda, a demora na entrega de remessas de folhas de ouro atrasou o serviço. A expectativa é encerrar o trabalho em 30 ou 40 dias. A igreja remonta ao século 18, mas o prédio atual é uma construção de 1919.

PAC

A Igreja do Bonfim foi interditada pela Defesa Civil de Olinda em fevereiro de 2012 por causa de rachadura na torre do sino. Iniciada em maio de 2017, a obra de restauração custou R$ 2,09 milhões, com recursos federais do PAC Cidades Históricas. “Olinda tem 14 obras no PAC, no valor de R$ 64 milhões. Hoje (ontem) estamos entregando duas delas, a igreja e o adro do Convento de São Francisco”, observa a presidente do Iphan, Kátia Bogéa.

“Entregar uma obra é fácil, a dificuldade começa amanhã com a manutenção, conservação e preservação do patrimônio”, alerta Kátia Bogéa. Moradora de Olinda, Denise Rodrigues acompanhou a solenidade e disse estar feliz com o restauro. “Frequento a Igreja do Bonfim há mais de 30 anos, minha família tem uma história bonita com a igreja”, declara.

A intervenção na área dos franciscanos recuperou a integração entre o adro (largo do Cruzeiro) e o Convento de São Francisco, que ganhou iluminação na fachada.

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