Investigação

CPRH fará análise preliminar de pacotes misteriosos encontrado no litoral

O resíduo, segundo a agência, se parece com um polímero, um tipo de plástico ou borracha

JC Online
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Publicado em 30/10/2018 às 20:25
Foto: Pedro Batista
O resíduo, segundo a agência, se parece com um polímero, um tipo de plástico ou borracha - FOTO: Foto: Pedro Batista
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A Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH) divulgou uma nota técnica, nesta terça-feira (30), informando que fará uma análise preliminar sobre os pacotes de origem não identificada que estão sendo encontrados no litoral pernambucano nos últimos dias.

De acordo com a CPRH, serão recolhidas algumas amostras do materiais para que seja feita uma análise preliminar dos objetos. O resíduo, segundo a agência, se parece com um polímero, um tipo de plástico ou borracha. "Visualmente, este material parece ser um objeto chamado ''defensa de portos", utilizados para minimizar o impacto do navio ao cais do Porto", afirma a nota.

Há também suspeita de que o material estivesse, anteriormente, em algum navio em alto mar, podendo ser fruto de um naufrágio ou de uma carga de defensas que não tinha mais condição de uso. A CPRH informou que, após as análises, será repassado aos municípios o procedimento para a correta destinação destes resíduos.

Sobre a origem do material, a CPRH informou que solicitará ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e a Capitania dos Portos, órgãos federias, auxílio para tentar localizar o responsável. "Como apareceu no litoral de quase todo Nordeste, possivelmente ocorreu alguma situação fora do normal em alto mar", conclui.

A nota técnica é assinada por Hellder Hallender, diretor de Controle de Fontes Poluidoras.

Entenda o caso

Em diversas praias do litoral nordestino, foram encontras 'caixas misteriosas' que têm chamado a atenção de banhistas e comerciantes. Em Pernambuco, os pacotes foram encontrados em Olinda, Paulista, Cabo de Santo Agostinho e Jaboatão dos Guararapes, na Região Metropolitana do Recife (RMR).

No Cabo, as caixas, que pesam cerca de 100 quilos cada, foram encontradas em Gaibu e Itapuama. 

Na segunda-feira (29), comerciantes locais acharam duas unidades na praia de Gaibu, em frente à Pousada Namoa. Na fiscalização desta terça-feira (30), os objetos não foram mais localizados. Em Itapuama, as caixas que foram encontradas estavam nas proximidades das ruínas do Hotel Velho.  Segundo o assessor técnico da Secretaria Executiva de Meio Ambiente de Cabo, Adson Ferreira, o conteúdo dos pacotes será analisado. “Faremos o papel de localizar os materiais e enviar para os órgãos necessários. Em outros Estados, a Polícia Federal foi acionada para tentar descobrir a origem dos pacotes”, destacou ele.

Os salva-vidas do Cabo de Santo Agostinho farão uma vistoria em Calhetas e Xaréu, caracterizadas como praias acidentadas, em busca de novos pacotes entre as rochas. Os “pacotes misteriosos” também foram encontrados em outros Estados do litoral nordestino, como no Ceará, Piauí, Alagoas e Sergipe.

Borracha

De acordo com as observações de especialistas, os pacotes são compostos por material sintético derivado do petróleo e alguns estão numerados na superfície. “As caixas são muito pesadas e ainda não podemos afirmar com certeza do que se trata. Seguiremos as recomendações adequadas e acreditamos que elas provavelmente passarão por uma análise em laboratório. Aqui no município, todos aqueles que foram encontrados estavam praticamente iguais e sem numeração”, disse a geóloga da Secretaria Executiva de Meio Ambiente do Cabo, Cleidiane Lemos.

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