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Data Magna de Pernambuco: saiba por que 6 de março é feriado

Dia 6 de março é aniversário da Revolução de 1817 e foi transformado em feriado pela Assembleia Legislativa em 2017

Maria Luiza Borges
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Maria Luiza Borges
Publicado em 06/03/2019 às 16:42 | Atualizado em 05/03/2020 às 6:49
Foto:Ricardo B. Labastier/JC Imagem
Dia 6 de março é aniversário da Revolução de 1817 e foi transformado em feriado pela Assembleia Legislativa em 2017 - FOTO: Foto:Ricardo B. Labastier/JC Imagem
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Desde 2007, a Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) instituiu o dia 6 de março como a Data Magna do Estado. Anos depois, em 2017, a dia foi transformado em feriado. A data celebra a Revolução de 2017, ou Revolução Pernambucana, que é tida como primeiro movimento pela Independência do Brasil

Assista ao vídeo explicando como foi essa revolução

 

Pela legislação brasileira, feriados nacionais, estaduais e municipais são estipulados por lei e podem ser civis ou religiosos. Cabe ao Legislativo estadual estabelecer os feriados relativos à data magna do Estado. Data Magna quer dizer que esse dia é a data máxima do calendário local. A palavra "Magna" vem do latim e é usada como sinônimo de 'grande', 'principal'. A Data Magna de Pernambuco foi estabelecida pela Lei Estadual nº 13.386, de 24 de dezembro de 2007, projeto de autoria da então deputada Terezinha Nunes. Já a lei que estabeleceu ser a data um feriado é a de nº 16.057/2017, de autoria da própria Terezinha Nunes e Isaltino Nascimento. 

Heróis

O objetivo da data é homenagear os heróis da Revolução de 1817, gente como Domingos José Martins, maçon e abolicionista em pleno Brasil Colônia; Padre João Ribeiro; José de Barros Lima, conhecido como Leão Coroado; o jurista José Luiz de Mendonça; Cruz Cabugá, Padre Roma, Gervásio Pires, Antônio Carlos de Andrada e Silva, Vigário Tenório, Caetano Pinto de Miranda Montenegro, Luís do Rego Barreto... Figuras cujos feitos podem ter ficado esquecidos ao longo do tempo, mas que dão nome a algumas das principais ruas do Recife, capital pernambucana. Pela forte presença de religiosos, o movimento também ficou conhecido como Revolução dos Padres.

Curioso é que o Instituto Arqueológico, Histórico e Geográfico Pernambucano chegou a sugerir cinco opções para se comemorar a Data Magna. Além da que foi acatada, havia ainda 13 de janeiro, quando foi executado Frei Caneca, líder da Confederação do Equadro; 27 de janeiro, data da Restauração Pernambucana, movimento que culminou na expulsão dos holandeses; 5 de outubro, dia da Convenção de Beberibe, que desencadeou o processo de Independência do Brasil; e 10 de novembro, quando foi dado o primeiro grito de república no País, em Olinda.

O movimento escolhido, a Revolução Pernambucana de 1817, é tido por muitos historiadores como o primeiro movimento revolucionário ocorrido no Brasil. Foi gestado em protesto aos altos impostos cobrados pela Coroa Portuguesa, mas chegou ao ponto de estabelecer um governo provisório, com constituição própria prevendo igualdade para todos num país que tinha sua economia dependente da escravidão de negros trazidos da África. A Coroa conseguiu sufocar o movimento e matar seus principais líderes. 

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