REFLORESTAMENTO

Parque Dois Irmãos recebe primeiro viveiro-escola de mudas da Mata Atlântica

Mudas de plantas nativas da Mata Atlântica serão produzidas para reflorestar áreas degradadas. Por ano, 50 mil pequenas árvores serão geradas

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Publicado em 08/06/2019 às 15:02
Foto: Bianca Sousa/ JC Imagem
Mudas de plantas nativas da Mata Atlântica serão produzidas para reflorestar áreas degradadas. Por ano, 50 mil pequenas árvores serão geradas - FOTO: Foto: Bianca Sousa/ JC Imagem
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O Parque Estadual de Dois Irmãos (PEDI) será berço de milhares de mudas de espécies nativas da Mata Atlântica. Um viveiro-escola, onde as pequenas árvores serão produzidas, foi inaugurado nessa sexta-feira (7) no Parque com recursos de compensação ambiental. Cerca de 50 mil mudas, destinadas ao reflorestamento de áreas degradadas, devem ser produzidas por ano no local.

Ipê-amarelo, pau-brasil, aroeira-da-praia e pau-de-jangada estão entre as espécies criadas no viveiro, que é o primeiro de produção de mudas da Mata Atlântica em Pernambuco. A criação do equipamento, segundo Herbert Tejo, presidente do Fórum Socioambiental de Aldeia, suprirá demandas que antes dificultavam o processo de compensação ambiental. “Até então, se você quisesse reflorestar uma área, não se tinha mudas disponíveis. Agora, com o viveiro, o acesso a mudas desse bioma será muito mais fácil. E isso é ótimo porque a Mata Atlântica está muito fragmentada em nosso Estado”, observa.

Todo o recurso utilizado para viabilizar a estrutura e os materiais do novo espaço veio de compensação ambiental e conversão de multas ambientais. Lá serão feitas todas as etapas da produção, desde a separação de sementes até o plantio das mudas já grandes. A responsabilidade de manter o viveiro-escola será dividida entre a Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH), por meio da Área de Proteção Ambiental (APA) Aldeia-Beberibe, onde o PEDI está localizado, e a gestão do Parque. Dependendo da produção, o número de plantas geradas por dobrar. “De 50 mil, podemos chegar a 100 mil, dependendo do tempo de produção e das espécies. Estamos procurando árvores que sirvam como matrizes, que são grandes e saudáveis, para fazer a reprodução a partir delas. O processo dura em média seis meses”, explica a gestora da APA Aldeia-Beberibe, Cinthia Lima. A Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas) também é parceira da iniciativa. Com 50 mil mudas, segundo Cinthia, podem ser reflorestados 50 hectares, em média.

Compensação

O projeto continuará sendo mantido com recursos de conversão de multas lavradas pela CPRH. Além de ajudar na produção, o infrator ainda  ganha desconto. A ideia inicial é que as árvores sejam plantadas na própria APA, mas escolas e instituições que tenham interesse em projetos de reflorestamento também podem ser beneficiados.

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