CHÁ DA LONGEVIDADE

Estudantes universitários e idosos trocam experiências em projeto que integra gerações

Alunos do curso de psicologia da UniFG desenvolveram projeto para estudar o processo de envelhecimento e melhorar vida de idosos, no Recife

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Publicado em 23/06/2019 às 8:10
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Alunos do curso de psicologia da UniFG desenvolveram projeto para estudar o processo de envelhecimento e melhorar vida de idosos, no Recife - FOTO: Foto: Cortesia
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Um projeto piloto desenvolvido por um professor universitário tem proporcionado bons momentos de conversa, estudo e descontração entre alunos de psicologia e idosos integrantes de grupos de convivências do Recife. Entre momentos de discussão e chás, ambos aprendem sobre processos do envelhecimento humano e respeito entre as gerações.

O Chá da Longevidade surgiu como proposta do professor da UniFG André Luís Cabral para a disciplina de Desenvolvimento Humano do Adulto e Velhice. A proposta consiste na troca de experiências entre alunos e idosos acerca de um tema escolhido no encontro. Neste primeiro momento, cinco encontros estão acontecendo em diferentes pontos da cidade. Teve em Campo Grande, na Ilha do Leite e no Morro da Conceição. O último, quando é celebrada a culminância do projeto, acontece nesta quarta-feira (26), no bairro da Iputinga, Zona Oeste do Recife.

“Eu percebi a necessidade de levar os alunos para campo para que entendessem mais o processo de envelhecimento e, a partir daí, só analisamos ganhos de ambos os lados. Com o projeto, alunos estão analisando as mudanças biológicas e cognitivas da pessoa idosa enquanto praticam o exercício da profissão que escolheram. Já os idosos, ficam encantados porque são reconhecidos. A interação com os mais jovens serve como um estímulo para eles”, explica o professor André Luís.

Moradora do Morro da Conceição, Zona Norte do Recife, onde aconteceu um das edições do evento, a aposentada Severina Paiva adorou participar do Chá da Longevidade. Mais que um momento de descontração e atividades, a senhora vê o encontro como uma oportunidade de esclarecer a população. “Nós conversamos sobre a doença de Alzheimer e foi uma tarde extremamente proveitosa. Além das atividades para trabalharmos a mente, os alunos esclareceram sobre a doença e como lidarmos com ela. Foi muito bom ter esse momento de troca para entendermos o que acontece com a gente”, conta.

Para Karoliny Paula da Silva, aluna do quarto período de psicologia, os encontros também foram engrandecedores para a formação dos alunos. “A gente fica o tempo todo ouvindo falar sobre envelhecimento, mas é tudo muito científico, faltava esse contato. Isso nos aproximou e nós aprendemos muito com eles”, comenta. Além de trabalhar o processo do envelhecimento e o surgimento de algumas doenças, os estudantes também dialogaram com os idosos sobre a importância do envelhecimento ativo. “Precisamos quebrar essa ideia de envelhecimento solitário, de ficar parado. Se conseguirmos agregar outras áreas de saúde nos próximos encontros, como nutrição e estética, por exemplo, será perfeito”, acrescenta.

A meta do professor agora é que o projeto passe a ser um programa e que as atividades sejam estendidas ao longo do próximo ano. Parcerias também serão aceitas, inclusive com alunos de outros cursos que já demonstraram interesse em participar. De tão exitosa, a iniciativa será apresentada por André Luís no VI Congresso Internacional de Envelhecimento Humano, em Campina Grande, na Paraíba, ainda este mês.

Contato

Quem tiver interesse em conhecer mais sobre o projeto ou participar de alguma forma, pode entrar em contato com o professor André Luís pelo telefone (81) 9 9772-7376 ou pelo email [email protected].

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