A Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE) anunciou a campanha “Sem mosquito não tem doença”, que visa chamar a atenção do público, através de peças informativas, sobre as medidas de controle para evitar o nascimento do inseto Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika e chikungunya.
O público poderá ver a ação de mídia em diversas plataformas como: anúncios em jornais, rádios, televisões e na internet, backbus, panfletos, cartazes, paradas de ônibus, walkmídia e painel em metrô.
“Estamos ocupando espaços físicos e on-line para que públicos diferentes possam ser impactados com a campanha”, pontua o secretário estadual de Saúde, André Longo.
Zona epidêmica
A motivação para a criação da campanha foi o aumento dos casos das arboviroses, quando comparados os dados com 2018. Regiões do Sertão, principalmente, chegam a apresentar uma variação de 2.000% no número de casos.
De acordo com o Programa de Controle das Arboviroses da SES-PE, o Estado está em zona epidêmica para as arboviroses nos últimos meses.
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“Todos os municípios pernambucanos registraram casos de pelo menos uma das arboviroses. Apesar do grande aumento de casos no Sertão, outras áreas, como o Grande Recife e a região da Zona da Mata Sul, no entorno de Palmares, também estão registrando casos acima do que tivemos em 2018. Isso só reforça que o trabalho de controle e combate ao Aedes deve ser feito por todos, do Sertão ao Litoral”, ratifica Claudenice, gerente do Programa de Controle das Arboviroses da SES-PE.
“Precisamos reduzir drasticamente os depósitos que podem se tornar o local ideal para o mosquito depositar seus ovos. Só assim, e com o apoio de todos os pernambucanos, vamos conseguir evitar o adoecimento da nossa população”, afirma André Longo.
Prevenção
O trabalho reforça a importância de manter recipientes com água cobertos ou tampados. Quando não estão em uso, baldes, caixa d’água e garrafas devem ser guardados em local coberto e com a boca para baixo. A campanha lembra, ainda, da atenção que deve ser dada às calhas e lajes, aos vasos de planta e às piscinas, locais que facilmente podem se transformar em criadouros para o mosquito Aedes aegypti.
“Precisamos criar o hábito de, semanalmente fazer uma vistoria na nossa casa para verificar a presença de criadouros e, encontrando-os, fazer o descarte correto do criadouro. Em caso de dúvida, a população deve procurar a vigilância de seu município para auxiliar nesse trabalho”, reforça o secretário de Saúde.