Celebração

Flores, velas e saudades: o Dia de Finados no Recife

O Dia de Finados, neste sábado (2), levou muita gente aos cemitérios da Região Metropolitana do Recife (RMR)

JC Online
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Publicado em 02/11/2019 às 18:53
Hélia Scheppa/SEI
FOTO: Hélia Scheppa/SEI
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Flores, velas e orações em memória dos entes queridos que já se foram. O Dia  de Finados, neste sábado (2), levou muita gente aos cemitérios da Região Metropolitana do Recife (RMR). Em uma celebração no mais movimentado de todos, o de Santo Amaro, no Centro da capital pernambucana, o arcebispo de Olinda de Recife, dom Fernando Saburido, definiu a sensação: saudade, um sentimento salutar.
“Finados é um dia muito bonito. É uma tradição que vem crescendo a cada ano desde a Idade Média. As famílias vão visitar os túmulos e rezar pelos seus entes queridos, então, não é desespero, mas sim saudades. É um sentimento salutar porque nós acreditamos na ressurreição, acreditamos na vida. Os que morrem, morrem para o encontro com Deus. Se eles têm fé, vão agora viver aquilo que acreditaram”, disse o religioso.


Entre os que encontraram conforto nas missas realizadas na capela de Santo Amaro, durante a manhã e à tarde, estava policial aposentada Verônica Duarte, 69 anos. "Eu venho todos os anos visitar dois jazigos, são 11 pessoas, incluindo dois filhos. É um dia único, especial. Tenho aquela saudade e toda vez me emociono", afirmou.
A dona de casa Elza Santana, 74, repetiu uma tradição que já dura
59 anos. “Meus irmãos, meus pais, meu marido, quase toda a minha família está aqui. Venho desde 1960, ano em que minha irmã morreu. Meu sentimento é de amor, saudades, muitas saudades deles. Nunca esqueço o que a gente passou e não posso abandoná-los jamais”, afirmou.
Embora o movimento estivesse intenso dentro do cemitério durante a manhã, do lado de fora, a comerciante Maria José queixou-se de uma queda na procura por flores, produto que costuma vender no local há aproximadamente 50 anos. “Essa era a hora do movimento. Não esperava que fosse tão bom, mas, que fosse fraco desse jeito, não esperava. O pessoal, quando compra, é uma rosa ou duas”, disse.

Hélia Scheppa/SEI
Celebração de missa em comemoração ao Dia de Finados em Paulista - Hélia Scheppa/SEI
Juliana Oliveira/ TV Jornal
No Recife, vendedora se queixou de baixa procura por flores - Juliana Oliveira/ TV Jornal
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O governador Paulo Câmara visitou cemitério em Paulista - Hélia Scheppa/SEI
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Em Paulista, o padre Renato Maia conduziu a missa pelo Dia de Finados - Hélia Scheppa/SEI
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Movimento intenso no Cemitério de Santo Amaro, no Recife - Juliana Oliveira/ TV Jornal
Cemitério de Santo Amaro, Centro do Recife -
Cemitério de Santo Amaro, Centro do Recife -
Entrada principal do Cemitério de Santo Amaro, no Recife -
Foto: Fábio Costa/JC Imagem
Cemitério de Santo Amaro, Centro do Recife - Foto: Fábio Costa/JC Imagem
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Túmulos no Cemitério de Santo Amaro, Centro do Recife - Foto: Fábio Costa/JC Imagem
Foto: Fábio Costa/JC Imagem
O Cemitério de Santo Amaro, Centro do Recife, foi o mais visitado - Foto: Fábio Costa/JC Imagem

A Autarquia de Manutenção e Limpeza Urbana (Emlurb) estima que uma média de 50 mil pessoas tenham passado por algum dos cinco cemitérios da capital ao longo desta semana.

Em Paulista, o governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), participou de uma missa campal celebrada pelo padre Renato Maia, da Paróquia Nossa Senhora de Fátima de Paratibe, e visitou o visitou o Campo Santo São José, localizado no bairro de Arthur Lundgren I. “O Dia de Finados é o dia de estar junto com Deus, rezando, pedindo cada vez mais que nos ilumine e, ao mesmo tempo, fazendo uma homenagem a quem partiu, entes tão queridos que tanto nos ajudaram e que fazem falta. A gente hoje vem também agradecer e pedir a eles iluminação para continuar a seguir um caminho importante em favor do nosso Estado”, afirmou.

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