Levantamento do Tribunal de Contas do Estado (TCE) revela que, este ano, metade dos 184 municípios de Pernambuco (92) ainda descarta o lixo domiciliar de forma errada. Outras 92 cidades fazem a destinação correta dos resíduos. Em 2014, quando foi realizado o primeiro diagnóstico feito pelo órgão, havia 155 prefeituras (84,2%) irregulares e somente 29 regulares.
A expectativa do TCE é que até janeiro de 2020 outros 33 municípios de Pernambuco substituam os lixões a céu aberto por aterros sanitários, alcançando, portanto, 68% do Estado.
“A metade dos municípios de Pernambuco, hoje, deposita de forma correta. Foi uma boa evolução e com excelentes perspectivas”, comentou o auditor Pedro Teixeira, do TCE. Ainda segundo ele, alguns municípios pernambucanos estão em negociação para substituir a forma de descarte. O auditor ainda comentou que, até o final de 2020, espera-se que todos os 184 municípios utilizem aterros sanitários.
Os prefeitos dos municípios que ainda permanecerem depositando os resíduos nos lixões ou em locais inadequados e não apresentarem plano de ação que contenha a eliminação próxima dos lixões (até 90 dias), ficarão sujeitos a formalização de processos e imputação de multa pelo TCE.
Riscos
De acordo com o TCE, além de contaminar o solo, os lençóis freáticos, as reservas de água potável e o ar, o despejo dos resíduos em lixões provoca sérios riscos à saúde humana, a morte de animais e destruição da flora local.