Carnaval

O Homem da Meia Noite mantém seu ar de mistério na folia de Olinda

Em tempos de crise, as velhas agremiações carnavalescas de Olinda se viram para botar o bloco na rua. O Homem da Meia Noite abriu uma lojinha na sede, em Guadalupe, para venda de produtos com a marca do calunga gigante. Leia também as histórias de Pitombeira, Lenhadores e Cariri

Cleide Alves
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Cleide Alves
Publicado em 17/01/2016 às 8:09
Foto: Bobby Fabisak/JC Imagem
Em tempos de crise, as velhas agremiações carnavalescas de Olinda se viram para botar o bloco na rua. O Homem da Meia Noite abriu uma lojinha na sede, em Guadalupe, para venda de produtos com a marca do calunga gigante. Leia também as histórias de Pitombeira, Lenhadores e Cariri - FOTO: Foto: Bobby Fabisak/JC Imagem
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Faltando menos de um mês para a abertura do Carnaval de Pernambuco, o Clube de Alegoria e Crítica O Homem da Meia Noite só tem o apoio de um único patrocinador, que financia a agremiação há quase 40 anos. “Realmente a crise chegou, mas não há desespero, porque a gente vem se organizando há tempo”, afirma o presidente do clube, Luiz Adolpho Alves e Silva.

Os fãs apaixonados botam o Homem da Meia Noite na rua, diz ele. São pessoas que compram os produtos colocados à venda na sede da agremiação, na Rua do Bonsucesso, 132. “Temos camisa, calunguinhas, tiaras e outros artigos. Não arrecadamos uma fortuna, temos o suficiente para o desfile oficial”, afirma. O clube se apresenta na virada do sábado para o domingo, abrindo a folia, com Cariri.

O calunga faz segredo sobre a festa, que tem como tema Essas e tantas mulheres..., numa homenagem ao público feminino. Diz apenas que o fraque foi costurado pelas integrantes da Escola Gigante do Samba. A brincadeira começa às 18h (talvez um pouco antes) com uma cerimônia para os diretores, na sede.

Por volta das 22h, outras agremiações se apresentam na frente do prédio. Gigante confirmou a presença, unindo o samba ao frevo. O Homem da Meia Noite desfila com uma orquestra de frevo, passistas e a multidão. E só. “É quase uma romaria religiosa, em algumas horas as pessoas caminham sem nem ouvir a música”, comenta Luiz Adolpho.

Camisas verde (a cor do clube) e rosa (temática) estão à venda, por R$ 35, na sede do clube, que abre da quinta-feira ao domingo. Veja a história do calunga, fundado em 1932, em sua página oficial no Facebook.

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