Um grupo de estudantes de diversas escolas públicas do Recife realizam, desde o final da tarde desta quarta-feira (23), interrupções de vias em protesto contra a PEC 55, que estabelece limites para os gastos públicos. Trechos das avenidas Agamenon Magalhães, João de Barros e Norte foram escolhidas pelo grupo para realizar os atos.
Leia Também
Primeiro, entre 17h e 17h30, o grupo iniciou o ato interrompendo o cruzamento da Avenida Norte com a Avenida João de Barros. Posteriormente, às 18h, foi a vez dos dois sentidos da Agamenon Magalhães, antes do viaduto sobre a João de Barros e na altura do cruzamento com as ruas Buenos Ayres e Leopoldo Lins, ter seu tráfego interrompido. Em seguida, eles interromperam brevemente o sentido Boa Viagem da Avenida Agamenon Magalhães, em frente à Praça do Derby.
Na manhã desta quarta-feira (23), um grupo de estudantes (não há informações se são do mesmo grupo dos atos noturnos), também contra PEC 55, deixou o trânsito complicado na Avenida Caxangá, sentido Centro, no bairro da Iputinga, Zona Oeste da capital.
Estas foram as manifestações contra a PEC. Nessa terça-feira (22), o grupo fechou o mesmo cruzamento entre as 17h e 18h. Organizados por meio de um evento no Facebook intitulado como Protesto Apartidário contra a PEC 241/55, os estudantes pretendem realizar outro nesta sexta (24), também às 17h, bem como uma caminhada saindo do Largo da Encruzilhada em direção à Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), na próxima segunda (28).
Entenda a PEC
O Projeto de Emenda Constitucional 55 - anteriormente conhecido por 241 - estabelece um teto para os gastos do governo. Ideia do presidente Michel Temer (PMDB), a PEC tem intenção de tentar sanar a crise econômica que o Brasil enfrenta. Os críticos a PEC alegam que ela prejudicará investimentos especialmente em áreas como saúde e educação. Uma das estudantes vinculadas à manifestação, Inês Munhoz, de 17 anos, afirma que "A PEC 55 vai influenciar no atraso de toda educação e da saúde do povo brasileiro".
Paralisação Nacional
Diversas categorias vinculadas à Central Única dos Trabalhadores (CUT) decidiram parar suas atividades nesta sexta-feira (25). Todas as agências bancárias de Pernambuco, bem como os policiais civis do Estado, já afirmaram que vão cruzar os braços. Órgãos como o Instituto de Medicina Legal (IML) e o Instituto de Criminalística (IC) funcionarão de forma mais lenta. O servidores do Departamento Estadual de Trânsito de Pernambuco (Detran-PE) também estão em estado de greve. Já os metroviários definem em assembleia nesta quinta-feira (24) se vão ou não aderir ao Dia Unificado de Protestos. Os rodoviários afirmaram que não irão aderir ao movimento.