REAJUSTE

Aumento da tarifa dos ônibus no Grande Recife pode ser aprovado sexta

Enquanto o Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros de Pernambuco (Urbana-PE) defende aumento da ordem de 16,18%, o governo do Estado deve levar para a mesa de negociações proposta de reajuste de 7,07%

AMANDA RAINHERI
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AMANDA RAINHERI
Publicado em 23/01/2019 às 7:25
Foto: Felipe Ribeiro/ JC Imagem
Enquanto o Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros de Pernambuco (Urbana-PE) defende aumento da ordem de 16,18%, o governo do Estado deve levar para a mesa de negociações proposta de reajuste de 7,07% - FOTO: Foto: Felipe Ribeiro/ JC Imagem
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A próxima semana deve começar com tarifas de ônibus mais caras na Região Metropolitana do Recife (RMR). Isso porque está marcada para a manhã de sexta-feira (25) a reunião do Conselho Superior de Transporte Metropolitano (CSTM) que deve colocar o reajuste em pauta. Enquanto o Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros de Pernambuco (Urbana-PE) defende aumento da ordem de 16,18%, o governo do Estado deve levar para a mesa de negociações proposta de reajuste de 7,07%. Na prática, o Anel A, o mais utilizado pelos passageiros, pode passar a custar R$ 3,70 no primeiro cenário e R$ 3,45, no segundo.

O último reajuste no Estado aconteceu em janeiro de 2017. Ano passado, organizações da sociedade civil conseguiram liminar na Justiça, alegando irregularidades no processo de justificativa do aumento. O impasse jurídico durou até a última semana, de acordo com o secretário de Desenvolvimento Urbano e Habitação de Pernambuco, Marcelo Bruto. Nos bastidores, o que se diz é que o governo evitou o embate e o desgaste político proveniente de uma medida impopular no ano em que o governador Paulo Câmara tentava a reeleição.

Em nota, a Urbana-PE afirmou que o reajuste é “urgente” e tem como objetivo “evitar o iminente colapso dos serviços” no sistema de transporte público de passageiros da RMR. As empresas afirmam que a tarifa praticada atualmente na Região Metropolitana do Recife é uma das menores do País e justificam o reajuste a partir do aumento dos custos da atividade e da diminuição da demanda do setor. Se aprovada, a proposta deve elevar os valores dos anéis A e B, os mais utilizados, para R$ 3,70 e R$ 5,10, respectivamente.

PROPOSTA DO GOVERNO

Historicamente, os reajustes aprovados são mais próximos daqueles propostos pelo Estado. Na sexta-feira, o Grande Recife Consórcio de Transporte vai defender o aumento de 7,07% da passagem. “Um estudo é feito todos os anos, com base na avaliação dos principais insumos do setor. A proposta atual considera o período que vai de novembro de 2016 a dezembro de 2018. Esse reajuste é um pouco menor do que o IPCA (índice que mede a inflação) no período, que foi de 7,12%”, justifica Marcelo Bruto. Entre os insumos que ficaram mais caros estão o óleo diesel, pneus e os veículos. Além disso, houve aumento salarial de motoristas. Tudo aliado à queda no número de passageiros pagantes do sistema, de 12,02% no período.

Se aprovada, a proposta do governo eleva para R$ 3,45 o Anel A; R$ 4,70 o B e R$ 2,25 o G. O Anel D deixa de existir e as quatro linhas que o compõem passam a ter a tarifa A. O Estado ainda promete renovar 655 veículos da frota.

A reunião do CSTM acontecerá na sede da Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação, na Iputinga, Zona Oeste do Recife, e tem duas convocações: a primeira às 8h e a segunda às 8h30. A mudança no valor deve vigorar a partir de domingo.
O conselho é formado por 24 representantes do Estado, dos municípios que compõem o Consórcio (Olinda e Recife), do Legislativo (estadual e de ambos os municípios), empresários, usuários e rodoviários. Além do presidente, Marcelo Bruto, os outros 23 assentos são ocupados por 12 representantes do poder público e 11 da sociedade civil.

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