Principal forma de acesso e saída do município de Paulista, Região Metropolitana do Recife, as obras da duplicação da Ponte do Janga (que marca o começo da PE-01, também conhecida como Avenida Cláudio Gueiros Leite) tiveram início em janeiro de 2016 e, após quatro anos, o projeto é inaugurado na manhã desta sexta-feira (13). Durante o período de obras, que tinha entrega prevista para 2017, o local foi motivo de problemas que envolveram engarrafamentos, desmatamento, furto de sinalizações e outros. Confira:
Desmatamento
Em 29 de setembro de 2016 a Prefeitura de Olinda solicitou à administração de Paulista que parasse as obras no lado olindense, visto que estava sendo realizada uma ligação entre a Ponte do Janga e a Avenida Ministro Marcos Freire, em Olinda, e os moradores do segundo município estavam alegando que os serviços foram responsáveis pelo desmatamento de 700 metros quadrados de mangue na cidade.
Buracos e engarrafamentos
Já em julho em 2017 pessoas que transitavam pelo local estavam reclamando sobre buracos e engarrafamentos, já que, por conta das obras, apenas uma faixa da via estava sendo disponibilizada para tráfego e, segundo a população, em péssimas condições. Na época, em entrevista ao Jornal do Commercio, a analista de departamento pessoal e moradora de Paulista, Carla Alburque, disse que com as obras a situação ficou pior do que era. "Piorou depois que começou a obra de duplicação. Se formaram vários buracos que acabam causando engarrafamentos toda hora. Tem trecho na ponte que os carros precisam seguir na contramão pra não cair num deles", desabafou.
Interdição
Um boato nas redes sociais em agosto de 2017 fez com que a Ponte mais uma vez fosse alvo de polêmicas. A informação dizia que o local seria interditado de 15 a 30 dias, devido às obras. No entanto, na época, o secretário executivo de Infraestrutura do Paulista, Pedro Cezar, disse ao JC Trânsito que, na verdade, o que aconteceria seria uma interdição que iria durar entre três e quatro madrugadas, em meados de outubro do mesmo ano.
Paralisação e ocupação
Devido ao abandono das obras por motivos de orçamento, em fevereiro de 2018, famílias passaram a ocupar o mangue no entorno do equipamento, uma Área de Preservação Ambiental (APA). A duplicação, financiada pelo governo do Estado e executado pela Prefeitura de Paulista, foi orçada em 17 milhões - no qual até aquele momento tinham sido gastos 10,5 mi-, e estavam, sem previsão de novos investimento.
Furto de placas de sinalização
Placas de sinalização que indicavam a existência de obras na Ponte do Janga foram retiradas, em outubro de 2019, por pessoas sem autorização. Mesmo sem ainda estar finalizada, motoristas passaram a trafegar livremente pelo local.