Atualizada às 12h67
Em reunião realizada na manhã desta quinta-feira (5) na Prefeitura do Recife, o Consórcio Novo Recife aceitou rever o projeto da construção das 12 torres no Cais José Estelita. As empresas responsáveis pelo empreendimento disseram que aguardam um posicionamento das entidades que questionam a construção para avaliar as sugestões para alterar o projeto. O encontro ainda está acontecendo, mas um representante do empreendimento saiu para falar com a imprensa e informar a decisão. Uma nova reunião entre a PCR, os Ministérios Públicos Federal e Estadual está marcada para a próxima sexta-feira (6).
Leia Também
Além dos representantes do consórcio - formado pela Moura Dubeux Engenharia, Queiroz Galvão, Ara Empreendimentos e GL Empreendimentos -, também participam do encontro integrantes da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB -PE), do Conselho de Arquitetura e Urbanismo (CAU),do Instituto de Arquitetura do Brasil (IAB), da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), da Universidade Católica de Pernambuco (Unicap), Observatório do Recife, do Centro Dom Helder Camara de Estudos e Ação Social (Cendhec) e do Fórum Estadual de Reforma Urbana (Feru). Ainda durante a reunião, o representante do Novo Recife, Eduardo Moura, disse a imprensa que o projeto será revisto, mas todo o processo será feito com intermedio da prefeitura da cidade. O consórcio também espera que as pessoas que estão no local desocupem o Cais.
A discussão de hoje não contou com a participação de integrantes do movimento Direitos Urbanos (DU), mas foi motivada pela ocupação promovida pelos representantes. Na última terça-feira (3), a prefeitura promoveu uma reunião com representantes do DU e outras entidades - mas sem o consórcio- e definiu a suspensão do alvará que permitia demolir os galpões.
A demolição dos galpões do Cais José Estelita já estava suspensa por conta de uma liminar conseguida pelo Iphan.Diversos grupos sociais reagiram negativamente à iniciativa do consórcio e passaram a estimular que a população do Recife ocupasse os galpões e a área em volta, através do movimento #ocupeestelita. O consórcio chegou a conseguir a reintegração de posse do terreno com a justiça, mas as mobilizações dentro do cais impediram que a polícia executasse o madado judicial.
Na última quarta-feira (4), a Justiça Federal em Pernambuco intimou o Iphan, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (Dnit) e Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) para informarem se aprovam ou não o projeto. Os órgão têm até o dia 23 para se pronunciar.