Atualizada às 11h22
Fiscais da Vigilância Sanitária realizam na manhã desta quarta-feira inspeções em 11 estabelecimentos que funcionam dentro do Centro de Abastecimento e Logística de Pernambuco (Ceasa), no bairro do Curado, na Zona Oeste do Recife. O órgão já apreendeu uma grande quantidade de alimentos de origem animal fora do prazo de validade e vendidos da forma incorreta, como ovos, salsicha, linguiça, presunto, mortadela e queijo. De acordo com a diretora de vigilância à saúde do Recife, Adeílsa Ferraz, muitos estabelecimentos trocavam as embalagens dos produtos vencidos para continuar a vende-los. Em apenas um estabelecimentos mais de 800 kg de alimentos foram apreendidos.
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O setor de venda de ovos foi o que mais apresentou irregularidades, tendo 300 mil ovos apreendidos pelos fiscais. Os produtos estavam embalados de maneira inapropriada, em bandejas que não são permitidas. Os produtos apreendidos terão como destino o lixo. Revoltados, alguns donos de estabelecimentos se opuseram às apreensões e ao destino dado aos alimentos. "É um absurdo, a Vigilância Sanitária está jogando fora os ovos por falta de embalagem, mas é difícil para a granja embalar tantos ovos. Eles teriam que contratar mais funcionários e isso aumentaria o custo final do produto. E os ovos deveriam ter um destino melhor que o lixo", defende uma comerciante que preferiu não se identificar.
Cerca de 60 profissionais estão empenhados nessa operação, que conta com o apoio da Agência de Defesa e Fiscalização Agropecuária de Pernambuco (Adagro), Procon-PE, Delegacia do Consumidor, Ministério da Agricultura e Ministério Público. Ainda não há informações sobre a quantidade de alimentos total recolhidos do local, nem até quando a fiscalização deve acontecer.
BALANÇO - Apenas neste ano, 57 operações como esta já foram realizadas em supermercados do Recife. Destes, 44 estabelecimentos foram interditados parcial ou totalmente, com mais de 20 toneladas de alimentos impróprios para consumo recolhidos.