A Prefeitura do Recife apresentou na manhã desta terça-feira (25) as tecnologias que serão utilizadas nos próximos dois anos para planejar os investimentos em pavimentação. A partir desta terça, dois equipamentos irão avaliar a condição da malha viária da cidade, diagnosticando a situação estrutural. A ideia é proporcionar a melhor alocação dos recursos públicos para manutenção e recuperação da malha viária da cidade, através da escolha da intervenção apropriada, no momento adequado.
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O trabalho é desenvolvido pela Empresa de Manutenção e Limpeza Urbana (Emlurb) e é uma das atividades previstas para a elaboração do Sistema de Gerenciamento de Pavimentos (SGP). A ação, que será realizada sempre à noite, devido ao fluxo de veículos, começará pela Rua Ribeiro de Brito, em Boa Viagem. O serviço será finalizado em uma semana e, até lá, serão analisados 120 km em 100 ruas e avenidas. Os resultados fornecidos serão fundamentais para que o SGP possa conhecer as prioridades de intervenção, visando melhores condições de trafegabilidade, reduzindo os riscos à segurança, o tempo de percurso e os custos de manutenção dos veículos.
Um dos equipamentos é o Perfilômetro Superficial de Vias (Road Surface Profilemeter - RSP). Ele consiste em um veículo equipado com lasers e sensores capazes de executar medições automáticas e precisas das irregularidades da superfície do pavimento, além de obter medidas contínuas e em tempo real, operação na velocidade do tráfego. O foco do RSP identificar o grau de conforto que o pavimento oferece ao usuário, segurança e redução dos custos operacionais.
Já o Deflectometro de Impacto (Falling Weight Deflectometer -FWD) é um sistema de raio-x que coleta e registra a situação estrutural do pavimento determinando a capacidade de resistência aos esforços decorrentes do tráfego. O equipamento também analisa o comportamento de suas camadas em relação à deformação. O FWD aplica cargas semelhantes ao tráfego da via e mede as respostas aos impactos, que são registrados automaticamente por um conjunto de sensores, sem a necessidade de quebrar o pavimento.
O sistema, que tem o investimento total da ordem de R$3,4 milhões, segue exemplos já utilizados em outras cidades como São Carlos (SP), Porto Alegre (RS), Distrito Federal e Anápolis (GO) que realizam a manutenção preventiva no sistema viário.