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Após uma manhã de protestos pacíficos, a tarde desta terça-feira (20) foi marcada por um tumulto na rebelião de detentos da Penitenciária Barreto Campelo, em Itamaracá, no Grande Recife. Detentos tentaram invadir o pavilhão A do presídio, onde ficam presos protegidos, como os estupradores. A Polícia Militar (PM) e o Grupo de Apoio Tático Itinerante (GATI) reagiu, utilizando de balas de borracha e bombas de efeito moral para dispersar os presidiários.
O motivo da rebelião é o mesmo dos detentos do Complexo Prisional do Curado: a agilidade de julgamento dos processos. Segundo os presos, o judiciário está demorando demais para realizar os julgamentos, o que deixa o presídio cada vez mais lotado e os detentos, revoltados.
O Batalhão de Choque foi acionado para o protesto da Barreto Campelo. Cerca de 100 detentos subiram nos telhados dos seis pavilhões da unidade e exibem faixas e cartazes pedindo que a justiça seja mais ágil e julgue os processos. Com o uso de auto-falantes, os reeducandos exigem a revisão do programa de progressão do regime fechado para o semi-aberto. Também é cobrada a presença do juiz da 2ª Vara de Execuções Penais, Cícero Bittencourt, que está de férias. O juiz auxiliar que está responsábel é Roberto Bivar, não vai até a penintenciária nesta terça-feira (20).