Presídios

Um dia após rebelião no Aníbal, detentos da Barreto Campelo protestam e também pedem agilidade no julgamento de processos

Com faixas e cartazes, presos da Barreto foram ao telhado da unidade pedir que processos sejam logo julgados

Do JC Online
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Publicado em 20/01/2015 às 9:55
Foto: Edmar Melo/ JC Imagem
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Atualizada às 12h29

Um dia após a rebelião que deixou o saldo de duas pessoas mortas, sendo um sargento da Polícia Militar e um detento, no Complexo Prisional do Curado (antigo Aníbal Bruno), Zona Oeste do Recife, detentos da Penitenciária Barreto Campelo, em Itamaracá, no Grande Recife, protestam de forma pacífica na manhã desta terça-feira (20). O motivo da movimentação é o mesmo dos detentos do Curado: a agilidade de julgamento dos processos. Segundo os presos, o judiciário está demorando demais para realizar os julgamentos, o que deixa o presídio cada vez mais lotado e os detentos, revoltados.

O Batalhão de Choque foi acionado para o protesto da Barreto Campelo. Cerca de 100 detentos subiram nos telhados dos seis pavilhões da unidade e exibem faixas e cartazes pedindo que a justiça seja mais ágil e julgue os processos. Com o uso de auto-falantes, os reeducandos exigem a revisão do programa de progressão do regime fechado para o semi-aberto. Também é cobrada a presença do juiz da 2ª Vara de Execuções Penais, Cícero Bittencourt.

Não houve violência e o protesto ocorre de forma pacífica. Atualmente, 1.930 presos vivem na penitenciária, que tem capacidade para 1.140 pessoas.

O protesto acontece após um dia de tensão no Complexo Prisional do Curado, no bairro do Sancho, Zona Oeste do Recife. Na segunda-feira (19), uma rebelião pedindo rapidez na resolução de medidas judiciais deixou duas pessoas mortas, entre elas um sargento da Polícia Militar, e 29 feridos. Já na manhã desta terça o clima voltou a ficar tenso no Aníbal. Os presos voltaram a subir nos telhados e tiros foram disparados. O Batalhão de Choque voltou a ser acionado para o local.

A confusão do Curado começou no início da tarde. Após uma manhã de protesto, os detentos do Curado atacaram os policiais com pedras, que reagiram com tiros e bombas de efeito moral. O Batalhão de Choque entrou na unidade penitenciária para conter o tumulto. Na rebelião, o sargento Carlos Silveira do Carmo, de 44 anos, foi baleado e levado para o Hospital Otávio de Freitas, mas não resistiu aos ferimentos. O detento Edvaldo Barros da Silva Filho, de 34 anos, também morreu no motim.

Foto: Diego Nigro/JC Imagem
No telhado do antigo Aníbal Bruno, presos ateiam fogo em entulhos - Foto: Diego Nigro/JC Imagem
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Detentos caminham pelo telhado no Complexo do Curado, exibindo facões - Foto: Diego Nigro/JC Imagem
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Detentos caminham pelo telhado no Complexo do Curado, exibindo facões - Foto: Diego Nigro/JC Imagem
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Clima volta a ficar tenso no Complexo Prisional do Curado e Batalhão de Choque é novamente acionado - Foto: Edmar Melo/ JC Imagem
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Clima volta a ficar tenso no Complexo Prisional do Curado e Batalhão de Choque é novamente acionado - Foto: Edmar Melo/ JC Imagem
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Clima volta a ficar tenso no Complexo Prisional do Curado e Batalhão de Choque é novamente acionado - Foto: Edmar Melo/ JC Imagem
Foto: Sérgio Bernardo/ JC Imagem
Detentos da Barreto Campelo fazem motim e também pedem agilidade no julgamento de processos - Foto: Sérgio Bernardo/ JC Imagem
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Detentos da Barreto Campelo fazem motim e também pedem agilidade no julgamento de processos - Foto: Sérgio Bernardo/ JC Imagem
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Detentos da Barreto Campelo fazem motim e também pedem agilidade no julgamento de processos - Foto: Sérgio Bernardo/ JC Imagem
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Detentos da Barreto Campelo fazem motim e também pedem agilidade no julgamento de processos - Foto: Sérgio Bernardo/ JC Imagem

CRISE - Uma rebelião foi deflagrada na véspera de Natal e foi descoberto um túnel que serviria para a fuga dos detentos. Já nos primeiros dias de janeiro, o então secretário de Ressocialização, Humberto Inojosa, renunciou após quatro meses e uma semana no cargo. Em seu lugar, assumiu o coronel da PM, Eden Vespaziano. Na ocasião da posse, o  secretário de Justiça e Direitos Humanos, Pedro Eurico, anunciou um pacote de medidas para melhorar a situação dos presídios de Pernambuco. A maior promessa foi acabar com a circulação de armas brancas e celulares nas unidades prisionais. No último dia 7, o Batalhão de Choque fez uma varredura nas três unidades do complexo e encontrou cerca de 40 armas e celulares.

O sistema prisional do Estado é  proporcionalmente o mais superlotado do Brasil, com déficit de agentes penitenciários e policiais militares para a segurança e monitoramento. Existem hoje cerca de 31 mil detentos onde caberiam 10 mil.

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